terça-feira, 4 de julho de 2006

Um Dia Inteiro



A noite é sólida
Me mete em dura escuridão
É insólita, é solidão
É dupla via mão

Quando o olhar toca
Aquela infinita estrela
E uma lágrima a ferver
Alcança o gélido chão

E no contrair-se a menina
Dessa chorante janela
Em meus devaneios
Eu vi a Deus

Vi-O pela razão
Era tão pequeno
Não passava de um alvo
De distante alcance

Vi-O pela emoção
E tornou-se inatingível
E eu... e eu,
Extremamente louco

Vi-O pela Fé
E Ele...
Ele se fez completo
Transcedente, Imanente.

Então, raiou o dia
E a pequena estrela
Tornou-se um dia inteiro
Um dia inteiro.

Lágrima Amiga



A lágrima é uma amiga
Desce tão meiga e carinhosamente
Com seu calor, tentando aquecer o frio da tristeza

A lágrima é uma companheira
Sempre ao nosso lado
Soturna em ajudar

Por vezes ela também chora e
Respinga no chão...
Nesse suicídio de caridade

Percebi que fora amiga
Porque mais que meu choro
Chora minha lágrima

sábado, 1 de julho de 2006

A Deus



Árvores batem palmas
Cantam os penedos
Sorriem os lajedos
A terra se enconfeiteia
Eis Deus no seu trono
Jesus alegria dos homens

Nesse céu que relampeia
De nuvens que negam o pão
Sob o Sol cálido do pícaro
Pai nosso que estás nos céus
Santificado seja o teu nome...

O mormaço dentro esfomeia-se
Venha o teu reino
Seja feita a tua vontade
Assim na terra como no céu
O pão nosso de cada dia... dá-nos hoje

Eis o viajante,
Perdoa as nossas dívidas

Eis o peregrino,
Assim como nós perdoamos

Eis o forasteiro,
Os nossos devedores...

Armas da Luz



Aguarda o guerreiro a antemanhã
E a borda da aurora demora contígua
Não luta com os homens
Não luta com os anjos
Não luta com Deus
Luta em si, por si, consigo
Deixa guerreiro as obras das trevas
Já vai alta noite
Que trevas espessas...
Já vai alta noite
E vem chegando o dia
Vista-se pois, das Armas da Luz
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