sexta-feira, 29 de abril de 2016

China determina que organizações religiosas obedeçam Partido Comunista



As organizações religiosas chinesas devem obedecer ao Partido Comunista, afirmou o presidente do país, Xi Jinping, em uma reunião dedicada ao tema, segundo a imprensa estatal. A determinação do governo é que os integrantes do partido sejam inflexíveis ateus marxistas e se protejam das influências estrangeiras que chegam por meio da religião.

"Os grupos religiosos devem aderir à liderança do Partido Comunista da China", disse Xi a altos funcionários do partido único em uma conferência de dois dias que terminou no sábado, segundo a agência de notícias "Xinhua". — Deveríamos guiar e educar os círculos religiosos e seus seguidores com os principais valores socialistas.

Na China, vivem centenas de milhões de budistas, cristãos e muçulmanos. Enquanto deseja guiar estes grupos, o Partido Comunista reprime organizações religiosas não oficiais.

Desde que Xi Jinping chegou ao poder em 2012, o governo adotou uma linha mais dura a respeito da sociedade civil e das religiões.

Na província de Zhejiang, na região leste do país, as autoridades demoliram várias igrejas e retiraram crucifixos nos últimos anos. A iniciativa afetou centenas de paróquias, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.

Já em Xinjiang, região chinesa de maioria muçulmana, fontes locais afirmam que o controle está mais rígido sobre a prática do jejum durante o mês do Ramadã.

O governo chinês afirma que os cidadãos gozam de liberdade de culto, mas que existe uma ameaça terrorista em Xinjiang por conta da presença de extremistas islâmicos.

Nos anos 1970, Pequim desistiu de erradicar a religião organizada e optou por controlar a prática religiosa através dos templos, igrejas e mesquitas autorizados. Estas instituições propagam um discurso que mistura teologia com a retórica comunista.

Mulher tenta impedir demolição de igreja e é enterrada viva

Uma mulher foi enterrada viva ao tentar impedir a demolição de uma igreja em Zhumadian, na província de Henan, na China. Ding Cuim e o seu marido, o reverendo Li Jiangong, colocaram-se diante dos tratores que se preparavam para derrubar o templo, a mando do governo. Os dois foram empurrados para dentro de uma vala pelos funcionários, que seguiram o trabalho. Li Jiangong cavou seu caminho até a superfície, mas infelizmente não foi capaz de salvar sua mulher, que morreu asfixiada.

“Vou ser responsável por suas vidas", disse um membro da equipe de demolição antes de empurrá-los, de acordo com o site China Aid, um grupo de direitos humanos com sede nos EUA. A organização, sem fins lucrativos, é focada na liberdade religiosa do país mais populoso do mundo.

Os dois homens responsáveis pela morte foram detidos criminalmente na noite após o incidente. O reverendo Li Jiangong foi supostamente avisado para não discutir o caso, e não se manifestou sobre a morte da mulher com a imprensa.

O crime ressalta a crescente perseguição do governo chinês às minorias religiosas. Milhares de igrejas em todo o país foram demolidas no ano passado, e dezenas de pastores foram presos sob acusações forjadas de corrupção, de acordo com militantes que monitoram a situação.

David Curry, presidente e CEO do grupo de defesa Cristãos de Portas Abertas, nos EUA, disse ao site FoxNews.com que o governo chinês parece determinado a reduzir o perfil da igreja, e força os pastores a se reunirem semanalmente com as autoridades locais para explicar seus sermões.

Fonte: O Globo e Jornal Extra

“Europa terá mais muçulmanos do que cristãos praticantes”, diz ministro belga

Muito em breve, muçulmanos serão mais numerosos do que cristãos na Europa, disse o ministro belga Koen Geens ao Parlamento Europeu, nesta segunda-feira (25).


"Na Europa, muito em breve, vamos ter mais muçulmanos praticantes do que cristãos praticantes. Isso não é porque há muitos muçulmanos, é porque os cristãos são, geralmente, menos praticantes”, disse Geens. "A Europa não percebe isso, mas esta é a realidade."

Durante a audição, que reuniu parlamentares europeus para debater sobre os ataques em Bruxelas, o ministro do Interior da Bélgica, Jan Jambon, acrescentou: "A pior coisa que podemos fazer é nos tornar um inimigo do Islã”.

“Temos cerca de 600 a 700 mil muçulmanos na Bélgica, e a esmagadora maioria dessas pessoas partilham os nossos valores. Fazer dessas pessoas inimigas, irá realmente criar problemas”, disse o ministro.

Jambon foi acusado de alimentar as tensões com a comunidade muçulmana da Bélgica depois de ter alegado que os islâmicos 'dançaram' em comemoração aos ataques que deixaram 32 pessoas mortas no aeroporto e uma estação de metro de Bruxelas.

O que dizem as pesquisas?

Na noite desta segunda, a porta-voz de Geens se recusou a fornecer provas que sustentem suas afirmações sobre o número de muçulmanos praticantes. “Seus comentários foram muito claros, não vou dizer mais nada”, disse ela.

Por outro lado, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) afirma que não compila esses dados sobre a religião. Em 2012, números da Comissão Europeia mostraram que 72% das pessoas se identificavam como cristãs na Europa, comparado a 2% de muçulmanos. Na Bélgica, os números eram de 65% e 5%, respectivamente.

O censo nacional da Bélgica nunca contou grupos religiosos, e as pesquisas independentes são a única fonte de informação. No entanto, uma série de estudos confirmam que os muçulmanos representam cerca de 5% da população do país.

De acordo com uma previsão publicada pelo Centro de Pesquisa Pew no ano passado, o número de muçulmanos na Europa pode aumentar cerca de 63% entre 2010 e 2050. Este aumento faria com que a população muçulmana na Europa subisse de 43,5 milhões para quase 71 milhões.

O número de cristãos na Europa, de acordo com Pew, irá cair em 18% durante o mesmo período, diminuindo os 553 milhões de cristãos para 454 milhões.

Na Bélgica, o estudo aponta que dentre a população de 10,7 milhões de pessoas, 6,9 milhões são cristãos e 630 mil são muçulmanos. Em 2050, Pew projetou que os números seriam alterados para uma população total de 11,1 milhões de pessoas, com 5,9 milhões de cristãos e 1,3 milhões de muçulmanos.

Os pesquisadores disseram que o crescimento projetado rápido do número de muçulmanos foi devido a uma fertilidade mais elevada, as populações mais jovens e migração.

Fonte: Guia-me

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Poderia a Arca de Noé cruzar o Atlântico?

Com 3.000 toneladas, réplica da Arca de Noé virá da Holanda para o Brasil ainda este ano!


Fonte: CNN


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Ministério de Capelania apresentado na Igreja Batista Crossroad

REGULAR BAPTIST CHAPLAINCY



Manning Brown, diretor do Ministério da Capelania Batista Regular (GARBC), pregou durante o culto da manhã na Igreja Batista Crossroad, em Ames, Iowa, neste 17 de abril. Brown apresentou um histórico da capelania e as diferentes áreas em que os capelães ministram. Também agradeceu Pastor Will Hatfield e à Crossroad por seu apoio contínuo para com o ministério de capelania. Após o culto, Pr. Brown foi capaz de falar com os membros individuais da congregação, discutir mais detalhadamente as oportunidades e desafios que a capelania oferece.

Pérolas lançadas ao mar

PORTAS ABERTAS

O ousado Projeto Pérola foi considerado como uma das operações mais inesperadas e de maior sucesso do século 20, levando 1 milhão de Bíblias para os cristãos chineses



China, 18 de junho de 1981, dia em que 1 milhão de Bíblias foram distribuídas aos cristãos perseguidos, no período mais complicado da história do país. O ocorrido ficou conhecido como Projeto Pérola, nome dado por um motivo muito especial que você vai conhecer durante a leitura a seguir. O ousado projeto foi descrito pelo editor da revista Time, em Pequim, como uma das operações mais inesperadas e de maior sucesso do século 20. Após um pedido desesperado da igreja chinesa, para que enviassem Bíblias aos cristãos, a ação foi planejada. Nos anos anteriores à entrega, a Portas Abertas já havia distribuído milhares de Bíblias, mas a necessidade ainda era muito grande.

O nome dado ao "contrabando de Bíblias" tem ligação com a parábola de Jesus em Mateus 13, que relata que um negociante encontrou uma pérola de grande valor e vendeu tudo o que tinha para poder comprá-la. A empreitada foi um sucesso e milhões de cristãos chineses puderam finalmente segurar uma Bíblia em suas mãos, graças à ousadia e coragem das pessoas que se empenharam para lança-las ao mar naquela noite. O chinês cristão que vamos chamar de Charlie* compartilha sobre os efeitos do contrabando desde então. "Em 1978 me converti ao cristianismo, quando eu tinha apenas 20 anos de idade. O nosso líder era o único que possuía uma Bíblia, então copiávamos os versículos todos os domingos para podermos estudar em casa até a próxima reunião. Um dia, conhecemos alguns cristãos do sul do país, e eles nos deram uma Bíblia de presente, então repartimos ela entre os irmãos e cada um ficou com uma parte", lembra ele.

"Nossa igreja ficava num pequeno sótão, onde havia uma sentinela de plantão, na porta da frente. Existiam em média 30 membros, lembro que orávamos baixinho, espremidos em 6 ou 7 metros quadrados. Eram dias difíceis, milhares de Bíblias haviam sido queimadas e muitos pastores foram presos durante a Revolução Cultural (1966-1976). Foi um período negro para a igreja chinesa, mas a Palavra continuava a brilhar para nós através de uma simples senhora apaixonada pelas Escrituras, que tinha por volta de 80 anos. Um dia, ela sussurrou para mim, numa peixaria: ‘O pescador está rasgando Bíblias para embrulhar os peixes. Vamos resgatá-las, elas são valiosas para nós’. Imediatamente eu fiz a proposta ao pescador e ele nos vendeu 3 caixas delas, 90 no total. Não foi barato, foi o equivalente a 3 meses de trabalho suado. Ele ficou muito feliz e imagine nós! Antes de irmos embora, ele disse que tinha mais", conta o cristão.

Charlie lembra que cada entrega era feita de barco, durante a noite, com duas caixas de Bíblias escondidas. Todos os irmãos ajudavam com o dinheiro e distribuíamos aos cristãos. O tempo passou e ele já era um homem feito quando descobriu de onde vinham todas aquelas "pérolas". "Eu descobri que, logo após o Projeto Pérola, responsável por lançar ao mar 1 milhão de Bíblias, muitos pescadores fizeram uma "pesca diferente", mas nem todos eles eram cristãos. Alguns as levavam para o destino certo, que era nas mãos de alguém responsável por distribui-las aos seguidores de Jesus, mas outros sem conhecer a importância daquele livro, simplesmente desprezavam a pescaria", explica ele e finaliza: "A questão é que o Projeto Pérola impactou a igreja chinesa, gerando uma onda de avivamento na qual podemos surfar até os dias de hoje".

*Nome alterado por motivos de segurança.

Em 22 de abril de 1915, os alemães utilizam cloro como primeira arma química na Primeira Guerra Mundial



Em 22 de abril de 1915, perto de Ypres, na Bélgica, milhares de cilindros de gás clorídrico produzidos por indústrias como Bayer e Hoechst foram usados pelos alemães contra o exército francês. De efeito asfixiante, o gás provoca queimaduras nos olhos, garganta e pulmões, cegueira, náusea e dor de cabeça. Cerca de 6 mil pessoas morreram dolorosamente. Em setembro, os aliados passaram a usar o mesmo recurso contra as linhas alemãs, até que em 1917 a fórmula foi superada pelo gás mostarda, ainda mais letal. Balanço de guerra: mais de 124 mil toneladas de 21 agentes tóxicos diferentes fizeram estimados 1 milhão de baixas, com 90 mil mortes.

O trauma da Primeira Guerra levou ao Protocolo de Genebra, de 1925, que proibiu o uso de arsenal químico no campo de batalha. O historiador americano Bruce N. Canfield, autor do livro Armas de Infantaria dos Estados Unidos na I Guerra, explica que os gases eram "temidos por todos os lados e também foram usados por todos". "Mas, devido ao vento e a outros fatores, eles poderiam causar mortes tanto para quem os usava quanto para o pelotão visto como alvo. Estrategicamente, não foi um fator determinante na I Guerra Mundial.

Wikipedia

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Um Fardo Leve


HARVEST

"Porque nisto consiste o amor a Deus: obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados." (1 João 5:3)

Todas as palavras das Escrituras são inspiradas por Deus. São inspiradas em Gênesis, em Êxodo, e em todo o Velho Testamento. São inspiradas no Novo Testamento também. E aprendemos sobre Deus estudando as Escrituras.

Jesus disse: "Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas" (Mateus 11:29). Então ele acrescentou: "Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (versículo 30).

Algumas pessoas acham que a vida cristã é um estorvo, um simples monte de normas e regras. Mas eu imagino com quais dos mandamentos de Deus será que elas têm dificuldade. Será que o fato de Deus proibir o roubo, a mentira e o assassinato as incomoda realmente?

Uma vez encontrei um passarinho bem colorido aninhado na grama do nosso quintal. Parecia ser o bicho de estimação de alguém. Quando meu filho trouxe emprestada do vizinho uma gaiola, o passarinho pulou para dentro, subiu no poleiro e já ficou pulando. Ele não via a gaiola como uma prisão dentro da qual era mantido, mas sim como paredes protetoras que o mantinham longe dos predadores.

Do mesmo modo, podemos ver os mandamentos de Deus como limitações ou vê-los como o que de fato são: uma barreira protetora.



quarta-feira, 20 de abril de 2016

Como uma campanha publicitária reduziu 85% da taxa de suicídios na Coréia do Sul








A Coreia do Sul carrega um título infeliz, é o país com a maior taxa de suicídio da OCDE. O local escolhido pelos suicidas na maioria das vezes é a ponte Mapo, na capital Seul, essa ponte foi responsável por 108 mortes nos últimos cinco anos.

Como tentativa de reverter a situação e esses números, o Seguro Samsung transformou em “Ponte da Vida” o local mais mortal do território sul-coreano.

Contrariando as expectativas do governo, como simplesmente construir um muro ou fechar a ponte, a companhia apostou na solução criativa que fizesse as pessoas pensarem duas vezes antes de tomarem uma medida extrema, e assim salvar vidas.

Luzes com sensores acendem conforme os transeuntes caminham pela ponte, eles também recebem frases inspiradoras como: “Vá ver as pessoas de quem você sente saudade”, “Os melhores momentos da sua vida ainda estão por vir”, “Como você gostaria de ser lembrado?”. Segundo reportagem da Creativity, as mensagens foram elaboradas em parceria com psicólogos e ativistas da prevenção ao suicídio.




A instalação, assinada pela agência Cheil Worldwide, levou um ano e meio para ser feita, contou com 124 trabalhadores, totalizou 2,2 km de extensão e utilizou 2.200 luzes de LED e sensores.
Segundo o Cannes Lion, que premiou o projeto em 2013, de setembro do ano passado, quando a campanha teve início, a dezembro de 2012, a taxa de suicídio na ponte diminuiu 85%.


“Essa estátua, de um amigo reconfortando o outro, é um dos grandes símbolos da campanha”.


“Nossa intenção era que os pedestres continuassem lendo as mensagens mostradas ao longo dos 2,2 quilômetros da Ponte Mapo e, finalmente, andassem todo o caminho para o outro lado sem se darem conta”
.

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Devocionais Diários


Devocionais Diários


Posted: 19 Apr 2016 08:01 PM PDT
"Desde os confins da terra eu clamo a ti, com o coração abatido; põe-me à salvo na rocha mais alta do que eu." (Salmos 61:2)

Recentemente, um pai que estava de luto me perguntou: "Que palavras ajudaram você?"

Eu disse a ele: "Bem, não sei quais palavras me ajudaram. Só sei quem me ajudou. E sei para onde eu precisava me voltar. Precisava me voltar para Jesus."

Quando estamos cansados, quando estamos sobrecarregados, precisamos ir a Jesus. Não há outro lugar para ir. Jesus não disse que quando você estiver cansado e sobrecarregado deve procurar aconselhamento. Também não disse que deve ler um livro, ou mesmo ir à igreja ou ouvir um sermão. Mesmo que essas coisas pareçam boas, o que precisamos é ir a Jesus.

Jesus disse: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso." (Mateus 11:28). O convite era simplesmente: "Venham a mim", e não "Venham para os meus ensinamentos" (embora isso possa estar incluído). Nem tampouco: "Façam mudanças em suam vidam e venha a mim." Ele simplesmente disse: "Venham a Mim".

O salmista declarou: "Desde os confins da terra eu clamo a ti, com o coração abatido; põe-me à salvo na rocha mais alta do que eu." (Salmos 61:2)

No entanto, a cultura moderna diria algo diferente: "Bem, se você puder, basta pegar essa promoção. Se puder, basta comprar aquela casa, ou basta tirar umas férias. Então vai encontrar descanso". O materialismo diria: "Construa algo e encontre descanso." A religião diria: "Vá à igreja e encontre descanso."

Mas Jesus diz: "Venham a Mim e encontrem descanso."
Não precisamos tanto de palavras. Precisamos da Palavra Viva.
Quando estivermos sob pressão, precisamos de Jesus.

Na trilha de Saint-Exupéry





Sobrinho do autor de O pequeno príncipe vem ao Brasil para conhecer as cidades percorridas pelo tio no final da década de 20

(15.Abr.09 - 10:00 | Atualizado em 20.Abr.16 - 08:42)


LEMBRANÇAS 


No Brasil, François D’Agay, 85 anos, vai percorrer a costa litorânea e dar palestra sobre o tio Antoine de Saint-Exupéry (acima)

Quando se pensa em Antoine de Saint-Exupéry, a imagem que vem à mente é a do aviador francês metido em um uniforme de piloto, apertado numa cabine de avião ou debruçado sobre manuscritos. Mas o autor de O pequeno príncipe tinha outras facetas menos conhecidas: gostava de caçar, pescar e frequentar bailes. E fazia tudo isso no Brasil. Exupéry esteve em algumas cidades da costa brasileira, especialmente em Florianópolis, Rio de Janeiro e Natal, entre 1929 e 1930. Nessa época, era um dos pilotos do correio postal Aeropostale, que operava entre Europa, África e América Latina, e morava em Buenos Aires, na Argentina. Para refazer esse trajeto e conhecer as cidades brasileiras que serviram de escala para o tio, seu sobrinho François D’Agay, 85 anos, desembarca em São Paulo na quarta-feira 22. A Aeropostale entregava correspondências em Natal, Recife, Salvador, Vitória, Rio, Santos e Florianópolis. “Como diretor da companhia na América Latina, acredito que Exupéry tenha conhecido todas essas cidades”, diz a pesquisadora paulista Sheila Dryzun, que acompanhará François na viagem.

François está ansioso para conhecer Natal – especialmente um centenário baobá, situado na rua São José. “Comenta- se que essa árvore teria inspirado o autor a incluir a espécie em O pequeno príncipe, diz Sheila. O sobrinho ilustre esteve pela primeira vez no Brasil no ano passado. Visitou São Paulo, Rio e Florianópolis e conheceu os parentes de alguns pescadores da praia do Campeche. “Meu tio os ajudava a tirar as redes da água”, conta. Na região, Exupéry era conhecido como Zé Perri, por causa da dificuldade dos nativos de falar outra língua.


Até agora, a passagem de Exupéry pelo Brasil seguia envolta em mistérios. Sobram relatos de parentes de testemunhas que teriam tido contato com ele antes da fama, ocorrida a partir de 1943, com o lançamento de O pequeno príncipe. Mas não há nenhum registro fotográfico da época. Em 22 de abril, em pleno Ano da França no Brasil, Sheila abre uma exposição e lança dois livros sobre o escritor e o principezinho, em São Paulo. Um deles, Antoine de Saint-Exupéry – a história de uma história (Pedra N’Água), reúne as pegadas deixadas pelo aviador no País. Entre elas está um trecho do manuscrito de Voo noturno (1931), rabiscado num papel com a logomarca do hotel Itajubá, no Rio. O documento foi encontrado por Sheila numa biblioteca de Paris. Era no Itajubá, onde havia uma bela vista da Baía de Guanabara, que os pilotos da Aeropostale descansavam.



Em família 

François (mais novo) e o irmão Jean na companhia de Exupéry em agosto de 1940, em Agay, na França. Quatro anos depois, o avião que o escritor pilotava caiu no Mar Mediterrâneo

Filho da irmã caçula de Exupéry, François nasceu em Agay, na Provença, na França. Via o tio com relativa frequência até ele partir para os Estados Unidos em 1940 – foi lá, em exílio, que escreveu e lançou seu livro de maior sucesso, O pequeno príncipe. Segundo François, Exupéry não costumava lhe contar histórias, mas gostava de ler o que escrevia. “Eu ouvi em voz alta o manuscrito de Terra dos homens”, lembra, citando outra obra do autor. Ainda nessa época, o sobrinho escutava os relatos de aventuras do tio. “Exupéry contava que voava pela Região Amazônica: de um lado, o oceano, e do outro, uma floresta impenetrável”, lembra. “Ele sofreu três panes no motor e pousou na praia todas as vezes.”

Nascido em 1900, em Lyon, e casado com a salvadorenha Consuelo, Exupéry não teve filhos. Às 8h45 de 31 de julho de 1944, aos 44 anos, decolou da Córsega para uma missão de reconhecimento sobre a França ocupada. Nunca mais voltou. Em 1988, um pescador achou seu bracelete no Mar Mediterrâneo e, em 2000, os destroços do Lockheed P-38 foram localizados próximo dali. Seu corpo nunca foi encontrado. Os leitores mais românticos preferem acreditar que, assim como o piloto de O pequeno príncipe, Exupéry desvaneceu-se no ar. Recentemente um aviador alemão afirmou que abateu Exupéry. Mesmo assim, há quem acredite em falha humana, mecânica e até em suicídio. François tinha 18 anos quando soube do desaparecimento do tio. “Aguardamos muito tempo seu regresso”, lembra. “Depois entendemos que o mar foi sua sepultura.” Agora, poderá reencontrar um pouco de Zé Perri no Brasil.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Terça, 19 de abril de 2016, meditação de hoje: 2 Samuel 22.36


Também me deste o escudo da tua salvação, e pela tua brandura me vieste a engrandecer. 2 Samuel 22.36

Ouça/leia o capítulo online 2 Samuel 22
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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Judeus iniciam seleção de sacerdotes que irão servir no Terceiro Templo, em Israel



Judeus de Israel estão se movimentando em mais uma etapa para a preparação da futura construção do Terceiro Templo, em Jerusalém: selecionar sacerdotes que irão preparar a novilha vermelha e prestar serviços religiosos no local.

O anúncio da ação foi feito pelo rabino Chaim Richman, diretor do Instituto do Templo, nesta segunda-feira (28).

O registro incluirá homens de linhagem sacerdotal (descendentes de Arão), nascidos e criados em Israel, e que tenham guardado as leis de pureza competidas aos sacerdotes. Entre as exigências está até mesmo a de não ter tido contato com pessoas mortas — sacerdotes que nasceram em maternidades, visitaram hospitais ou que visitaram cemitérios estão fora da lista.

Depois de compilar a lista de sacerdotes candidatos, o Instituto do Templo irá treiná-los para o complexo ritual com as cinzas da vaca vermelha. Para os judeus ortodoxos, o ressurgimento de uma novilha que siga o padrão estabelecido pelo livro bíblico de Levítico é um dos sinais da iminente vinda do Messias.

"Este é um enorme salto para o Instituto do Templo e para o povo judeu. Pela primeira vez em 2 mil anos, após milagrosamente voltarmos para a Terra de Israel, estamos começando o processo de restabelecer a pureza bíblica do sacerdócio judaico", disse o rabino Richman.

Fundado em 1987, o Instituto do Templo é uma organização dedicada à reconstrução do templo judaico no Monte Moriá, em Jerusalém. Além de se organizar para conscientizar o povo de Israel, o grupo recriou mais de 70 utensílios próprios para os rituais do Templo.

Desde o ano passado, a organização chegou a conclusão de que o primeiro passo para a construção do Terceiro Templo seria a novilha vermelha. Os pesquisadores passaram a congelar embriões bovinos da raça Red Angus, até obter um bezerro perfeito.

Simulação do Terceiro Templo

Uma cerimônia especial foi realizada no dia 10 de março em Jerusalém, marcando o início do mês de Adar no calendário hebraico.

Na ocasião, o Instituto do Templo se uniu ao Sinédrio para realizar a reconstituição do culto que seria realizado no Terceiro Templo. A cerimônia teve caráter educacional para um número de espectadores.

Os sacerdotes usavam roupas feitas de acordo com as especificações bíblicas, e músicos tocaram os instrumentos adequados, incluindo o explosivo som das trombetas.

Fonte: Guia-me

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Ameaça do Estado Islâmico ao Brasil é real conforme relatório da ABIN

Abin alerta sobre ameaça terrorista

O DIA

Agência confirma que membro do Estado Islâmico disse, pelo Twitter, que Brasil é o próximo alvo

BRUNA FANTTI


Rio - ‘Brasil, vocês são nosso próximo alvo. Podemos atacar esse país de merda”. A ameaça foi postada em novembro do ano passado, em um perfil do Twitter que tinha como dono Maxime Hauchard, 22 anos. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou, ontem, que o perfil realmente pertence ao terrorista francês que aparece em vídeos do Estado Islâmico (EI) decapitando sírios.

A mensagem foi postada uma semana após os atentados coordenados na França, que deixaram 129 mortos e dezenas de feridos. A conta na rede social do terrorista já foi suspensa. “Monitoramos e percebemos que o perfil realmente era do Maxime, um dos líderes do Estado Islâmico. A partir do momento da postagem houve uma maior intensidade nos discursos de agressividade dos autoproclamados seguidores desse grupo terrorista no Brasil”, afirmou o diretor de Contraterrorismo da agência, Luiz Alberto Sallaberry, na Feira Internacional de Segurança que está sendo realizada no Rio.

“Maxime é uma espécie de garoto-propaganda do Estado Islâmico. Saiu de um vilarejo no interior da França para a Síria, aos 18 anos, onde se integrou ao terrorismo. É o segundo na linha de comando de decapitadores e gosta de dizer que estar no grupo “é como estar no Éden”, descreveu o diretor a uma plateia de especialistas em Segurança.

Maxime Hauchard aparece em vídeos de decapitação na Síria. A Agência Brasileira de Inteligência confirmou a autenticidade do perfilFoto: Reprodução Internet

Segundo Sallaberry, no Brasil há um crescente nível de pessoas que dizem ter feito o juramento ao califado do Estado Islâmico, ou seja, concordantes com um grupo que deturpou os princípios da religião islâmica e utiliza a violência para expandir seu domínio territorial.


“Quando uma pessoa faz o juramento ao califado e se torna autoproclamado ela está disposta a cometer qualquer atentado violento em nome do grupo. A ordem não precisa ser presencial, pode ser via internet”, disse Sallaberry.

LOBOS SOLITÁRIOS


Os ataques dos chamados ‘lobos solitários’, pessoas que praticam ataques sozinhas, são a maior preocupação da agência para a Olimpíada no Rio de Janeiro. Dez delegações, entre elas dos Estados Unidos e Canadá, são classificadas pela agência com nível “muito alto” para ataques. O nível de ameaça da delegação brasileira é alto. 


O monitoramento das redes sociais é uma das atividades da Abin para combater o terrorismo. Por razões de segurança, Sallaberry não divulga o número de pessoas que se dizem autoproclamadas e que são monitoradas. 

Cursos para auxiliar na identificação de terroristas


Para melhor ilustrar seu discurso na Feira Internacional de Segurança, o diretor de Contraterrorismo da Agência Brasileira de Inteligência, Luiz Alberto Sallaberry, apresentou bandeiras do Brasil onde, em árabe, está escrito “Deus acima de tudo”, com símbolos do Estado Islâmico, postadas por pessoas monitoradas. 


“Posso dizer que são de origem salafista sunita, comunidade que está ligada ao Estado Islâmico. Não estou dizendo que vai acontecer um atentado. Estou dizendo que é a primeira vez que a probabilidade aumentou sobremaneira no nosso país”, afirmou o diretor da agência.


Para evitar possíveis ataques, a Abin intensificou cursos com setores de hotelaria, taxistas e outras pessoas para que elas possam identificar possíveis alvos terroristas em território nacional. Além disso, faz constante intercâmbio com forças estrangeiras e internas. “O sucesso contra o terrorismo só é possível com cooperação. O terrorista é a ameaça sem rosto. Pode ser qualquer um”, afirmou em seu discurso.

Morgan Freeman protagoniza série 'A História de Deus' com seis episódios


O ator Morgan Freeman já interpretou Deus, no filme "Todo Poderoso". Mas, dessa vez ele estrela uma série intitulada “A História de Deus", que tem seis episódios e foi iniciada no último sábado (9) pela NatGeo. De acordo com a produtora Lori McCreary, "a jornada é a parte empolgante", explicou em entrevista em Pasadena, na Califórnia.

"Nas grandes civilizações, em povos e religiões diversas, as questões fundamentais são as mesmas: De onde viemos? Para onde vamos? O que acontece quando morremos? É parte da condição humana. Sendo crentes ou não, perguntamos as mesmas coisas - e, às vezes, as respostas são parecidas", ressaltou ela. Com esse ponto de partida, Freeman viajou a diversas partes do mundo tentando entender como grupos diferentes encaram essas perguntas essenciais.

"Acho que é o projeto mais ambicioso de que já participei", disse o ator. Criado no Estado de Mississippi, ele participou de grupos de estudos da Bíblia quando era adolescente. "Minha busca por Deus foi muito rápida. Começou e terminou quando eu tinha uns 13 anos. Não é que encontrei Deus", afirmou.

"Se pergunto: quem é Deus? Vou conseguir respostas como: Deus é um nobre. Não sei. Deus está em tudo. Deus está em mim. Deus é tudo. São todas respostas legítimas. Minha resposta é: Deus existe, por meio de toda forma de vida. Onde há vida há Deus", concluiu. Apesar disso, Freeman não é religioso. "Quando era mais jovem, ia à igreja batista porque achava divertido. Tinha música, canto, gente pulando, desmaiando...", lembrou.

Abordagens

Como a morte é vista entre os mexicanos? Este é o assunto abordado logo no primeiro episódio da produção. Eles celebram o Dia de Finados de maneira festiva, e os hinduístas, que acreditam em reencarnação. Ao longo da série, observou uma menina da tribo navajo fazer um ritual de quatro dias para marcar sua transformação em mulher, e participou de uma experiência num laboratório, enquanto meditava.

Outro ponto interessante foi o fato do ator ter conversado com o chefe da Pontifícia Academia das Ciências, Marcelo Sánchez Sorondo, no Vaticano. "Fiquei muito surpreso com a existência da Academia, cujo membro fundador foi Galileu Galilei", explicou. Sorondo negou toda a oposição entre a Criação e as teorias científicas como o big-bang. "Para ele, o big-bang não nega a Criação. Nem a evolução das espécies, que está incluída no conceito da Criação. A religião muda com o tempo porque a busca do homem por conhecimento obriga a adaptar às descobertas".

A produtora reforça a ideia de que a série presente abrir as mentes, numa época em que a religião é usada para promover guerras. "A História de Deus quer abrir as cabeças. Há muita ignorância em relação aos outros", disse. "Temos estereótipos na nossa cabeça, mas não sabemos realmente. O que despertou a ideia da série foi uma visita à Haghia Sofia, em Istambul, que foi uma igreja e depois virou uma mesquita. Havia mosaicos contando a vida de Jesus. Perguntei ao nosso guia se eles tinham sido cobertos depois do domínio otomano. E ele disse que não, porque a vida de Jesus também fazia parte da sua tradição. Eu me senti muito ignorante. Nosso objetivo é mostrar o que temos em comum, em vez de apontar o que é diferente", comentou.

Fonte: Guia-me

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Após forte sequencia de ataques, muitos cristãos fogem da Síria



Na Síria, a cidade de Alepo ficou completamente destruída. O motivo foi os bombardeios aéreos realizados pelo governo do país e também pelos russos. A operação procura combater o Estado Islâmico e outros jihadistas em guerra contra o regime, para Moscou. Apesar disso, os países ocidentais acusam os russos de atacarem também a oposição que é considerada democrática.

Várias famílias cristãs foram machucadas, inclusive crianças e muitas casas foram atingidas. "Não podemos mais suportar tantos bombardeios, chegam a ser quatro por dia. Até os nossos animais de estimação estão apavorados, imaginem as pessoas. Tem sido insuportável", relatou uma das vítimas.

"A situação é muito ruim. Todos estão fugindo, a cidade está em ruínas, estamos sitiados pelos russos, os curdos a oeste. O Estado Islâmico a leste e o regime sírio", contou um combatente ferido, que conseguiu cruzar a fronteira turca. Antes da guerra civil, Alepo era o polo econômico da Síria, uma cidade ativa e rica em monumentos. Havia igrejas e cultos, mesmo com a proibição do cristianismo no país, e as pessoas caminhavam em paz pelas ruas.

Mudança de cenário

Nos duas atuais, segundo os dados das Nações Unidas, 486 mil pessoas vivem em regiões cercadas pelo exército ou pelos rebeldes. Dezenas estão morrendo por desnutrição ou falta de assistência médica. A ONU pediu à Turquia para abrir suas fronteiras para dezenas de milhares de sírios em fuga, mas a Turquia teme ajuda-los, pois já tem 2 milhões de sírios no país. Dessa forma, o continente europeu vive a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com os relatos locais, cristãos sofrem duplamente, pois já estavam lidando com os traumas da perseguição religiosa, agora vivem em situação de extrema pobreza e sem ter para onde ir. A grande maioria está fugindo por que as condições humanas estão ficando cada dia pior. Mas há cristãos que preferem ficar, mesmo estando cansados, pois sabem que há um trabalho espiritual a ser realizado.

Mais de nove mil famílias na Síria estão sendo ajudadas pelo Ministério Portas Abertas com auxílios mensais, por meio de igrejas locais e organizações parceiras. Em Alepo, mais de duas mil famílias recebem assistência, apoio médico, aluguel de moradias, distribuição de literatura cristã para crianças e adultos e diversos treinamentos. A Síria ocupa a 5ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa 2016. A publicação no site do Ministério convida os leitores a orar pela nação.

Fonte: Guia-me

Antigas listas de compras viram evidência sobre quando a Bíblia foi escrita


Isabel Kershner
Em Tel Aviv (Israel)

Michael Cordonsky/Israel Antiquities Authority via The New York Times
Anotações feitas em tinta em cerâmica


Eliashib, o intendente da remota fortaleza no deserto, recebia suas instruções por escrito, anotações feitas em tinta em cerâmica pedindo que provisões fossem enviadas para as forças no antigo reino de Judá.

Os pedidos por vinho, farinha e óleo parecem listas de compras mundanas, apesar de antigas. Mas uma nova análise da caligrafia sugere que a capacidade de ler e escrever era bem mais disseminada do que antes se sabia na Terra Santa por volta de 600 a.C., perto do final do período do Primeiro Templo. As conclusões, segundo pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, pode ter alguma relevância para o debate de um século sobre quando o corpo principal dos textos bíblicos foi composto.

"Para Eliashib: agora, dê a Kittiyim 3 batos de vinho, e escreva o nome do dia", diz um dos textos, compostos em hebraico antigo usando o alfabeto aramaico, e aparentemente referindo-se a uma unidade mercenária grega na área.

Outra dizia: "E um coro pleno de vinho, traga amanhã. Não atrase. E se tiver vinagre, dê a eles".

O novo estudo, publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences", combinou arqueologia, história judaica e matemática aplicada, assim como envolveu processamento de imagens por computador e o desenvolvimento de um algoritmo para distinguir entre os vários autores emitindo as ordens.

Com base na análise estatística dos resultados, e levando em consideração o conteúdo dos textos escolhidos como amostra, os pesquisadores concluíram que pelo menos seis mãos escreveram as 18 mensagens mais ou menos na mesma época. Até mesmo soldados das fileiras mais baixas do exército de Judá, ao que parece, sabiam ler e escrever.

"Há algo psicológico além das estatísticas", disse o professor Israel Finkelstein, do Departamento de Arqueologia e Civilizações Antigas do Oriente Próximo da Universidade de Tel Aviv, um dos líderes do projeto. "Há um entendimento do poder da alfabetização. E eles escreviam bem, praticamente sem erros."

O estudo se baseou em um conjunto de cerca de 100 cartas escritas com tinta em pedaços de cerâmica, conhecidos como óstracos, que foram descobertos perto do Mar Morto em escavações do forte Arad, décadas atrás, e datados de cerca de 600 a.C. Isso foi pouco antes da destruição de Jerusalém e do reino de Judá por Nabucodonosor, e o exílio de sua elite para a Babilônia, e antes de quando muitos acadêmicos acreditam que grande parte dos textos bíblicos, incluindo os cinco livros de Moisés também conhecidos como Pentateuco, foram escritos de forma coesa.

A cidadela de Arad era uma frente pequena, distante e ativa, próxima da fronteira com o reino rival de Edom. O forte em si tinha apenas cerca de 2.000 metros quadrados e provavelmente só acomodava cerca de 30 soldados. A riqueza dos textos encontrados ali, registrando movimentos de tropas, provisões e outras atividades diárias, foi criada em um período curto, o que os torna uma amostra valiosa para estudo de quantas mãos diferentes os escreveram.

"Para Eliashib: agora, forneça 3 batos de vinho", ordenava outro óstraco, adicionando: "E Hananyahu ordena que envie a Beersheba 2 mulas carregadas e envie a massa de pão com elas".

Um dos argumentos mais antigos para o corpo principal da literatura bíblica não ter sido escrito em nada parecido com sua presente forma até depois da destruição e exílio, em 586 a.C., é que antes não havia alfabetização suficiente e nem escribas suficientes para a realização de uma empreitada tão grande.

Mas se a taxa de alfabetização no forte Arad se repetir por todo o reino de Judá, que contava com cerca de 100 mil habitantes, haveria centenas de pessoas alfabetizadas, sugere a equipe de pesquisa de Tel Aviv.

Isso forneceria a infraestrutura para a composição das obras bíblicas que constituem a base da história e teologia de Judá, incluindo as primeiras versões dos livros do Deuteronômio ao Segundo Livro de Reis, segundo os pesquisadores.

Desde o século 19, os acadêmicos debatem "quando foi escrito?", disse Finkelstein. "Na própria época ou depois", ele acrescentou, referindo-se à destruição e exílio.

Nos séculos após a destruição e exílio, até 200 a.C., disse Finkelstein, praticamente não há evidência arqueológica de inscrições em hebraico. Ele disse que esperava que escavações revelassem selos gravados e escritos cotidianos em cerâmica, mesmo que textos mais importantes, como os bíblicos, fossem feitos em materiais perecíveis, como pergaminho e papiro.

Os textos bíblicos escritos nos séculos após 586 a.C., ele sugeriu, provavelmente foram compostos na Babilônia.

Outros acadêmicos alertaram contra extrair conclusões demais a respeito de quando a primeira grande parte da Bíblia foi escrita, com base em extrapolações a partir das taxas de alfabetização antigas.

"Não há um consenso atualmente nos estudos bíblicos", disse o professor Edward Greenstein, da Universidade Bar-Ilan, perto de Tel Aviv. "O processo de transmissão era muito mais complicado do que os acadêmicos costumam pensar."

O processo de composição da Torá, segundo Greenstein, parece ter envolvido camadas de reescrições, suplementos e revisões. Apontando para o saber recente da literatura bíblica, ele disse que os escribas podiam registrar os textos principalmente como auxílio à memória, em um mundo onde ainda eram transmitidos oralmente.

"Os textos bíblicos não precisavam ser escritos por muitas pessoas, ou lidos por muitas pessoas, para serem redigidos", ele disse, acrescentando que os textos não circulavam amplamente.

Para deduzir as taxas de alfabetização, a equipe de pesquisa usou um método que Barak Sober, do Departamento de Matemática Aplicada da Universidade de Tel Aviv, comparou à análise forense de caligrafia adaptada aos tempos antigos.

Os matemáticos pegaram 16 cacos de cerâmica de Arad que eram mais ricos em conteúdo (dois apresentavam inscrições em ambos os lados). Dois dos textos lembravam uma chamada, apenas listando as pessoas presentes, e foram claramente escritos no posto avançado no deserto; outros foram compostos em outro lugar.

Muitas das cartas em aramaico não eram claras, de modo que não era possível dar simplesmente entrada dos dados em um computador. Em vez disso, os pesquisadores conceberam uma forma de reconstruí-las. Então as letras de pares de textos foram misturadas e o algoritmo as separou com base na caligrafia.

Se o algoritmo dividisse as letras em dois grupos claros, os textos eram contados como tendo sido escritos por dois autores. Quando o algoritmo não distinguia entre as letras e as deixava juntas em um grupo, nenhuma posição era tomada; elas podiam ter sido escritas pela mesma mão ou, possivelmente, por duas pessoas com estilo semelhante.

Um cálculo conservador revelou pelo menos quatro autores, e seis quando o conteúdo foi levado em consideração, como quem estava escrevendo para quem.

Outro óstraco foi endereçado a um homem chamado Nahum. Ele foi instruído a ir "até a casa de Eliashib, filho de Eshiyahu" para pegar um jarro de óleo, para enviá-lo a Ziph "rapidamente, o lacrando com seu selo".

Tradutor: George El Khouri Andolfato

Frente Parlamentar Evangélica emite nota favorável ao impeachment

A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) divulgou na tarde desta quarta-feira, 06/04, Nota em que declara apoio ao impeachment da presidente da República Dilma Rousseff. Conforme o documento da frente composta por 85 deputados federais e cinco senadores, existe “grave crise econômica, moral, ética e política que atravessa o Brasil”.

O deputado federal João Campos (PRB-GO), presidente da FPE, afirma que a posição reforça o movimento nacional que pede o impedimento de Dilma bem como o fim do desgoverno a que o país hoje se submete.

Conforme a Nota, o movimento se baseia no pedido de impeachment que tramita no Congresso Nacional e que teve relatório apresentado nesta quarta-feira.

Prossegue o texto da FPE: “(a crise provoca) graves consequências na vida do povo brasileiro, tais como desemprego, inflação, fechamento de empresas, descrédito econômico nacional e internacional”.

Para a FPE, os mais pobres do país são os que mais sofrem os “resultados da crise generalizada”.

CRIMES

A Nota afirma que os parlamentares consideraram que os recentes escândalos de corrupção praticados pelo governo e os crimes de responsabilidade da presidente “constituem afronta ao povo e ao estado democrático de direito”.

Os parlamentares evangélicos afirmam que existe a necessidade de que seja “reestabelecida a esperança, a confiança, a unidade nacional e a retomada do crescimento”.

Fonte: DM
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