quinta-feira, 29 de março de 2012

Vida cristã


Um dos grandes erros da vida cristã é achar que ela esta dissociada da vida normal. No dia a dia, não precisas acordar pela manhã e perguntar se é a vontade de Deus para escovar os dentes, não é mais santo pensar no Pão da Vida do que no pão dos seus filhos. Deus quer que a vida real seja exclusiva sendo inclusiva Nele, e não uma ficção ou utopia do não manuseies isto ou não toques naquilo. Pois, uma vez salvos, regenerados e resgatados, o propósito de Deus através de Jesus Cristo cumpre-se em nós, como em Adão, em governar a criação. Louvar é apenas pequena parte do trabalho que realizamos, porque tudo que fazemos é adoração. Bater com enxada na terra durante o dia, reconhecendo que é Ele que a faz produzir o pão, tem mais valia do que os lábios, por vezes mentirosos, que o louvam à noite. O Viver cristão é viver o melhor possível a vida que Deus nos deu como um retrato da Vida Eterna. É entender que Cristo nos satisfaz e nada mais é preciso.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Visão 3D - O Pedestre


O pedestre de Santiago, o cidadão santiaguense, é em tudo muito inocente. E, assim como, não há nada porque lhe possa culpar, mas senão abrir-lhe os olhos. Santiago esta crescendo. Antes disso, mas agora o asfalto, motoristas mais afoitos, carros velozes. É quem atravessa as ruas atendendo o celular, expõe-se na faixa de pedestres sem avisar, atravessa mesmo ao sinal verde, pede parada fora da faixa. Às vezes, imagino que o pedestre aqui imagina o carro como uma extensão do corpo do motorista, que pode a qualquer momento reduzir a velocidade e parar. Não pensa que, na realidade, o motorista nunca tem o controle total do automóvel. Além disso, outros santiaguenses já alcançaram voos maiores e estão em cidades maiores, que não perdoam inocências, onde o trânsito é uma fera cruel. Melhor aprender a vencer a fera agora. Três ações ajudariam a nós pedestres da Terra do Poetas: 1) Não atravessar ao sinal verde; 2) Não atender o celular ao atrevessar a via; 3) e fazer o sinal com a mão antes de passar a passagem de pedestres. Enquanto isso, vou-me disciplinado como motorista e também pedestre desta cidade.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Visão 2D - O Condutor


Seria uma irresponsabilidade atingir todos os motoristas pelo mal de uns poucos. Mas para alguns condutores de Santiago, RS, é bonito ser feio. O que quero dizer com isto? Que ainda preserva em alguns poucos que o bom motorista é aquele que anda a 80km/h em uma via que não suporta 60km/h, que arranca no sinal e durante a madrugada faz pegas motivado por um som alto afoito. A população parece já ter se acostumado. Pelo menos eu, depois de um ano, já consigo dormir morando quase vizinho de um sinal com muito movimento, inclusive às madrugadas, uma façanha adaptativa do ser humano. Mas o fato é que os bons motoristas terminam pagando o pato dos maus que, no mínimo, para contê-los, a administração pública se vê na responsabilidade de sancionar “o trânsito” colocando obstáculos, quando não terminam sendo-lhes vítimas. O grande mal é esta ética invertida, o que ocorre aqui, ocorre em outros municípios também. Mas serve de alerta a quantidade de acidentes que ocorrem na área. Não tenho as estatísticas, mas creio serem muitos para uma cidade de 49 mil habitantes. E pensar que boa parte dos acidentes que vejo nos noticiários gaúchos, não ocorrem por colisão (pechada, acho que assim se escreve), mas por saírem da pista, em alta velocidade. Irresponsabilidade que mata. Devemos entender que o bom motorista dirige em baixa velocidade, respeita a sinalização, respeita o pedestre e está pronto para assumir seus erros. Sim, o bom motorista também erra. Eu mesmo confesso que já entrei umas duas vezes na contramão em ruas de Santiago, RS, e não foi por querer, pura falta de atenção, mas, com certeza, se um guarda me parrasse, prontamente assumira o erro de ser bisonho naquele momento. Assumir a nossa falibilidade no trânsito é uma prerrogativa para torná-lo melhor. Há um engano comum de que o automóvel é uma extensão do corpo. É uma alavanca útil, mas não é o sujeito que o guia. Com tempo de direção, todos nós terminamos nos sujeitando a isto. Para reverter este quadro, uma boa política educacional para o trânsito e fiscalização, inclusive à madrugadas, para punir os irresponsáveis.

domingo, 11 de março de 2012

Visão 1D - A Administração Pública


Em Santiago, RS, há alguns equívocos que eu consideraria cruciais que fossem resolvidos, basicamente relacionados à sinalização. A faixa de pedestres “zebrada” não pode ser seguida de outra faixa zebrada na passagem de um cruzamento, a que deve seguir após o cruzamento é uma faixa por duas paralelas. O pedestre ao atravessar deve observar o veículo que parou na faixa zebrada. Caso contrário, esperá-lo passar antes de cruzar a rua. Assim, acaba o problema da obrigatoriedade do condutor parar no meio do cruzamento. Outra, como sinalização errada não se executa, se, infelizmente, algum dia, um pedestre for machucado em uma faixa zebrada mal colocada, o condutor poderá safar-se juridicamente culpando a má sinalização. 

Outro problema é a falta de lógica nas vias preferenciais. A Rua dos Poetas (Rua Venâncio Aires), por exemplo, é preferencial da Av. 7 de setembro até a Av. Tito Becon. A partir dali não é mais. Entende-se a importância arquitetônica que a rua tem para a cidade, mas o bom observador verá que o fluxo de veículos da Rua Getúlio Vargas e da Rua Benjamin Constant é maior do que aquelas em horários e dias de pico. Da Tito Beccon até a “Artilharia” (19º GAC), seguindo a Rua Venâncio Aires e adjacências, as ruas que se cruzam não têm qualquer relação lógica de preferenciais. Uma placa de PARE nos surpreende em uma quadra e em outra não. Entendendo a lógica do fluxo de veículos da cidade, na minha opinião, e creio estar certíssima, todas as ruas a oeste da Av. Pinheiro Machado deviam ser preferenciais. É logicamente inconcebível, por exemplo, que a Rua Mal. Deodoro não seja preferencial com a Rua Getúlio Vargas, mas que tenha preferência em relação à Rua Benjamin Constant. São pequenos detalhes que mudariam bastante a cara do trânsito aqui.

Tomando retorno à Rua dos Poetas, o ideal é que fosse transformada em um grande calçadão, deixando apenas as duas passagens da Benjamin Constant e da Getúlio Vargas. Não dá para relatar tudo, creio que já cansei o leitor com referências de ruas e questões espaciais difíceis de descrever. Mas, enfim, espero haver contribuído.

O Trânsito em Santiago: uma visão 3D



O trânsito é hoje um dos problemas sociais mais comentados no mundo. Em Santiago não chega a ser um grande problema da cidade, mas já incomoda. Se não solucioná-lo hoje, poderá tornar-se grande problema no futuro. Um grande equívoco é focá-lo como apenas um problema do condutor e esquecer o papel do poder público e do pedestre, o que nos propõe uma visão tridimensional, à princípio. É possível haver outras. Por hora, permaneçamos com a visão em 3D: a administração pública, condutor e pedestre como responsáveis pelo Trânsito.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Um visitante em Santiago



Antes de titular este “post”, pensei em diversas versões da opção acima: “Um extraterrestre em Santiago”, “Um visitante de outra galáxia em Santiago” ou “Um visitante intergaláctico em Santiago”. Finalmente decidi pelo que ali está, não um visitante comum, ou aquele que está de passagem, simplesmente. Mas como aquele visitante que vem de outro mundo e chega para quase ficar. A ideia não é minha, pertence a Eric J. Hobsbawm* quando diz: “Suponha-se que um dia, após uma guerra nuclear, um historiador intergaláctico pouse em um planeta então morto para inquirir sobre as causas da pequena e remota catástrofe registrada pelos sensores de sua galáxia.” E assim vindo de outra galáxia, resolvi narrar minha impressões sobre a cidade de Santiago, RS. Confesso que a vontade é antiga, tive receio de ser mal interpretado, mas acho que os quase dois anos vivendo como um cidadão da polis, pagando meus impostos aqui e vivendo sob o estatuto da cidade, isso me confere o direito de relatar e comentar algo sobre a vivência dessa urbe. Mostrar como quem olha um jogo de xadrez estando fora do jogo, que normalmente vê mais jogadas do que a dupla que ali está concentrada. Sou visitante, desejo contribuir, venho e escrevo em paz.


*Nações e Nacionalismo desde 1780.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Governo brasileiro pode interceder pelo pastor iraniano


A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) afirmou nesta quarta-feira (29) que o governo quer se certificar sobre os motivos da prisão do pastor iraniano Youssef Nadarkhani para então se posicionar formalmente sobre o caso.

Nadarkhani, 33, nasceu numa família muçulmana e se converteu ao cristianismo aos 19 anos. Ameaçado de execução por abandonar a fé, o caso ganhou destaque internacional. O governo iraniano, no entanto, afirma que ele foi condenado por crimes como estupro e ameaça à segurança nacional.

"Nós já temos feito contato com nosso embaixador no Irã - o Itamaraty também tem feito contato - para saber efetivamente qual é a causa da prisão, e levar os nossos posicionamentos sobre a defesa dos direitos humanos. (...) O ministro Patriota ficou, entre hoje e amanhã, de ter um relatório mais detalhado, e a gente tendo isso vai ter uma manifestação formal", afirmou a ministra pós participar de evento no Palácio do Planalto.

Segundo Gleisi, o Brasil não tem a "pretensão de ser intermediador" no caso. Na tarde de hoje, a ministra deve se reunir com congressistas evangélicos para tratar do assunto. A intenção dos parlamentares é que o Ministério das Relações Exteriores atue a favor de Nadarkhani.

Fonte: FOLHA
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