terça-feira, 23 de agosto de 2016

Jovem que acusa Marco Feliciano de abuso é indiciada por extorsão


O delegado titular do 3º Distrito Policial de São Paulo, Luiz Roberto Hellmeister, indiciou formalmente nesta quinta-feira a jornalista Patrícia Lelis, de 22 anos, por suspeita de denunciação caluniosa e extorsão. Segundo o delegado, a jovem mentiu em depoimento ao dizer que foi ameaçada e mantida em cárcere privado pelo assessor parlamentar do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, que foi exonerado do cargo após envolvimento no caso. Hellmeister afirmou ao site de VEJA que ao final do inquérito pedirá a prisão preventiva de Patrícia.

O inquérito conduzido pelo 3º DP apura somente as denúncias feitas por Patrícia contra o assessor parlamentar, que é investigador de polícia aposentado. No dia 5 de agosto, ele chegou a ser preso, mas logo foi liberado após negar o ocorrido. Em outro inquérito instaurado em Brasília, a jornalista acusa Marco Feliciano de assédio, tentativa de estupro e agressão. “Ela inventou a história de sequestro aqui em São Paulo. Agora, se houve estupro ou não, isso está em Brasília”, disse o delegado.

No 3º DP, Patrícia registrou um boletim de ocorrência, dizendo ter sido coagida por Bauer durante uma semana no Hotel San Raphael, no centro de São Paulo. Segundo ela, o assessor de Feliciano estava a ameaçando para colocar um ponto final nas denúncias. Os investigadores, no entanto, reuniram videos e fotos que mostram Patrícia e Bauer em momentos de descontração no saguão do hotel e em restaurantes — as despesas da hospedagem foram pagas pelo assessor. O depoimento do namorado da jovem, Rodrigo Simonsen, também foi considerado crucial pelo delegado para derrubar a versão de Patrícia. Nesta quinta, ele relatou à polícia que dormiu quatro noites com ela no hotel no mesmo período em que a jovem disse estar em cárcere privado. 

A Polícia Civil ainda levantou provas de que Patrícia pediu 50.000 reais a Bauer para ficar em silêncio sobre os supostos abusos cometidos por Feliciano. Uma quantia de 20.000 reais chegou a ser paga em espécie. Inicialmente, o assessor de Feliciano negou o pagamento, mas, diante das evidências, acabou admitindo que o fez para que ela parasse de acusar o deputado. Em depoimento à polícia, Bauer disse que o dinheiro saiu das suas contas pessoais — ele ganhava 20.000 reais como assessor parlamentar e 7.000 reais como investigador particular. O delegado entendeu que não houve crime da parte dele.

Segundo depoimento da jovem, o crime de estupro, que é investigado em Brasília, ocorreu no apartamento funcional de Feliciano, na manhã do dia 15 de junho, na capital federal. O deputado nega o crime.

Fonte: Veja.com

América Latina terá mais de 202 milhões de evangélicos até 2025, aponta estudo


Dezenas de milhares de católicos latino-americanos estão sendo tocados pela revelação de quem Jesus Cristo realmente é. Ao visitar Bogotá, capital da Colômbia, a editora da revista americana Charisma, Jennifer LeClaire, pôde presenciar essa realidade.

Ela esteve em um culto liderado pelos pastores Ricardo e Patricia Rodríguez, fundadores da Central Mundial de Avivamiento. “Era como se eu estivesse entrando num rio de fogo do Espírito Santo”, LeClaire descreve. “Mais de 25 mil pessoas adoravam a Jesus com tudo o que estava dentro delas.”

Segundo LeClaire, avivamentos semelhantes estão acontecendo em muitos outros países da América Latina, como Brasil, Peru, Uruguai e Equador.

Um estudo desenvolvido pela Pew Research aponta que, nas últimas décadas, milhões de latino-americanos deixaram a Igreja Católica para fazerem parte da Igreja Evangélica. Até 2025, o estudo projeta que o número de pentecostais na América Latina vai ultrapassar 202 milhões.

De acordo com Samuel Rodriguez, presidente da Conferência Nacional de Liderança Cristã Hispânica, os latinos formam a maioria dos seguidores de Cristo em todo o mundo.

“Mesmo nos Estados Unidos, a maioria dos seguidores de Cristo serão de descendência latina em 2030”, projeta Rodriguez. “Esta é a nossa reforma. Há setenta anos, a maioria dos latino-americanos eram católicos.”

Peter Wagner, presidente do Ministério Global Harvest e ex-missionário na Bolívia, também destacou o surgimento de um número esmagador de igrejas pentecostais, no qual ele atribui a um movimento do Espírito Santo.

“Muitos nunca foram treinados num seminário, muitos vêm do mundo dos negócios”, disse Wagner. “Essas pessoas têm multiplicado mega-igrejas nas áreas metropolitanas. Poucos são liderados por pessoas foram à escola teológica”.

O evangelista Lee Grady, que também já foi editor da revista Charisma, diz que há um movimento de Deus varrendo muitas partes da América Latina. “Eu ainda não conheci um lugar, dentro das grandes áreas metropolitanas de lá, que não tenha sido tocado pela efusão do Espírito Santo”, afirma. 

Fonte: JM Notícia com informações de The Christian Today via Guia-me

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Teria sido Abraham Lincoln um batista regular?



Fonte: The Baptist Bulletin Magazine on May 2, 2008.

Artigo original: WHO KNEW? ABE LINCOLN WAS A REGULAR BAPTIST?

Em 1921, um artigo do New York Times apresenta uma evidência das raízes religiosas de Abraham Lincoln, dizendo que ele havia sido criado na fé simples de uma igreja batista “casca grossa”. Os historiadores amam detalhes como este, devido ao fato das crenças religiosas de Lincoln serem bastante ambíguas. Até à idade adulta, a sua própria vida parecia repleta de nuances contraditórias sobre sua vida devocional.

O Times de 1921,, trata de antigos registros da pequena Igreja Batista Pigeon, e os chamou de “o elo perdido da religião de Abraham Lincoln."

O artigo descreve os pais de Abraham Lincoln como “vivendo como os pioneiros de seus dias: com forte repertório ancestral, possuíam fazenda, animais domésticos, boas ferramentas, e uma Bíblia da família; e eram membros nativos de uma igreja local. Thomas Lincoln e Nancy Hanks foram casados por um pastor metodista conhecido por Jesse Head, mas pouco tempo depois eles estavam filiados a uma das igrejas da Associação Batista de Licking-Locust, associação das Igrejas Batistas Regulares do Kentucky. Quando a mãe, Mary Hanks Lincoln, veio a falecer, o pai Thomas se casou novamente, mudou-se para Indiana e filiou-se à Igreja Batista Pigeon Creek por carta.

Por isso, é correto dizer que Lincoln foi criado entre as igrejas batistas regulares do Kentucky e Indiana (apelidadas de igrejas "casca grossa" ou o uso do termo "primitivas"). Mas nada se sabe dele ter feito uma profissão de fé pública. Lincoln frequentava a igreja, mas, aparentemente, nunca tronou-se membro de uma. Embora costumasse ler a Bíblia na Casa Branca, não costumava agradecer antes das refeições.

No livro A História do Cristianismo dos Estados Unidos e Canadá, o historiados Mark Noll observa que, após a morte de Lincoln, foi irresistível para os americanos verem os acontecimentos sob uma luz religiosa. Logo ligaram que Lincoln, o “salvador” da União foi assassinado com um tiro, em uma sexta-feira (14 de abril de 1865), que seus esforços para libertar os escravos e curar as feridas de guerra foram interrompidas pelo “martírio”, e que o nome próprio Abraham (Abraão) colocara-o como pai de seu próprio povo.

Não nos surpreende que várias descrições como estas ainda circulam na Internet. Algumas delas divulgam uma suposta conexão numérica entre Lincoln e John F. Kennedy. Não nos surpreende que o vazio de informação precisa sobre a religião de Lincoln tem sido preenchida com descrições tão esperançosas que estão na fronteira do mundo mágico.

Mark Noll sugere boas razões pelo fato de sabermos pouco sobre as crenças adultas de Lincoln: "Provavelmente virou-se contra o Cristianismo organizado por suas experiências jovens em Nova Salem, Illinois, onde a emoção excessiva e as amargas disputas sectárias dos ministérios de pregadores itinerantes aconteciam e ele não quis ser identificado como tais. No entanto, embora Lincoln não fosse membro da igreja, refletiu o significado eterno de suas próprias circunstâncias: uma vida pessoal marcada pela tragédia, a morte prematura de dois filhos, e a dificuldade da instabilidade mental ocasional de sua esposa. Ele conduziu uma guerra sangrenta com grande responsabilidade.”

Para ler mais: The Religious Affiliation of  President Abraham Lincoln

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Pastor brasileiro envia mensagem a Obama e se surpreende ao receber resposta

O pastor e empresário paulista Bruno Garcia, 36, viu o alerta em seu relógio da Apple: "E-mail da Casa Branca". Achou que era propaganda. Era o presidente Barack Obama.

"Querido Bruno", começava a mensagem enviada na segunda-feira (8) pela equipe do mandatário e assinada por Obama, com timbre de sua residência.

"Suspeito que mais do que minha Presidência, são o otimismo e o trabalho duro de pessoas como você que mudaram nosso país para melhor", dizia o texto. Compartilhada por Garcia no Facebook, a resposta viralizou na internet.




Há duas semanas, o paulista entrou no site da Casa Branca e selecionou a opção "fale com o presidente". Tinha acabado de assistir ao discurso de Obama na convenção democrata, na Pensilvânia, e gostou do que viu.

"Ele dizia que entregaria o país melhor do que quando chegou. Vivi todos os oito anos do governo dele. Aí disse: sr. presidente, tudo o que falou é verdade", afirma à Folha.

"Como imigrante, quero agradecer pela oportunidade, pelo respeito e por ter me aberto as portas." Garcia e a mulher, a bióloga Gisele, 40, mudaram-se para Parkland (Flórida), cidade vizinha a Miami, em 2007, princípio da crise americana e época de bonança brasileira.

A vida no país natal era boa, "com casa própria", mas o sonho de morar nos EUA falou mais alto. O começo não foi fácil. Ele não falava inglês muito bem e sentiu na pele "a subvalorização e o preconceito" de ser um latino na nova casa.

Trabalhou numa empresa de detetização e, sem domínio do idioma, passou sufoco no primeiro mês de trabalho. "Fui jogar veneno numa janela, e o exaustor do ar-condicionado ligou. Um pouco do spray voou na janela de uma mansão", lembra. "O técnico da dedetização, americano filho de italianos, soltou um palavrão sonoro... 'Esses malditos latinos'."

Depois, estudou na Universidade Metropolitana da Flórida, aprendeu inglês e montou seu próprio negócio: um lava-jato.

"Eu, que não lavava nem meu próprio carro no Brasil, passava de casa em casa nas mansões de Boca Raton [cidade da Flórida] para fazer polimento em domicílios."

Pastor da igreja evangélica Renascer em Cristo, conciliou o atendimento espiritual a famílias locais com novo empreendimento, uma agência de turismos que abriu em Miami –entre os clientes brasileiros, o pastor e senador Magno Malta (PR-ES) e o funkeiro MC Biel.

Em 2011, a família trocou a Flórida por Nova York, cidade natal de um possível sucessor de seu ídolo político, Obama.

A retórica anti-imigração do presidenciável republicano, Donald Trump, dá calafrios em Garcia, que ainda busca se naturalizar no país onde nasceram suas três filhas: Giulia, 8, Caroline, 6, e Gabrielle, 2.

"A loucura dele é perigosa. Traz um discurso de divisões, e isso não cabe a um país tão eclético, tão culturalmente denso e importante para a paz no mundo."

O mais provável é que a carta que Obama lhe enviou tenha sido escrita por um assessor. Garcia diz que não liga. "Me senti honrado. Pode ser que muitos não deem o devido valor, mas os EUA onde vivo hoje são muito melhores do que o país no qual cheguei nove anos atrás."

Ainda que de forma velada, a missiva do presidente tem um quê eleitoral e faz crítica discreta ao rival da candidata de seu partido à Casa Branca, a democrata Hillary Clinton.

A estratégia de Trump vem sendo retratar uma nação à beira do precipício econômico e cercada de inimigos externos, do imigrante latino que rouba empregos ao terrorista islâmico que explode bombas.

Escreveu Barack a Bruno: "A América ainda enfrenta muitos desafios, e nosso sucesso não é inevitável. Ele vai depender de todas as pessoas levantando suas vozes, rejeitando a noção cínica de que progresso não é possível e garantindo que nossa política reflita o melhor de nós".

Fonte: Folha de São Paulo

Eike Batista se converte a Cristo, diz jornal

“Eike Batista aceitou Jesus o diabo perdeu”




pastor orando e pedindo a Deus para escrever o nome de Eike no Livro da Vida. Foto: Reprodução

Eike Batista, famoso empresário brasileiro que fez e perdeu fortuna na exploração de mineração, petróleo, entre outros, se converteu ao evangelho na noite dessa segunda-feira (8).

De acordo com publicação do site BHAZ, o fato aconteceu na Assembleia de Deus, em Rocha Miranda, subúrbio do Rio de janeiro e foi fotografado e filmado por fiéis que testemunharam sua conversão.


“Eike Batista aceitou Jesus o diabo perdeu”, escreveu na postagem o pastor Daniel Silva.

Uma fiel da igreja – e agora sua irmã em Cristo – postou no Facebook que viu “Eike batista aceitando Jesus”, escreveu.

No vídeo é possível ver o pastor orando e pedindo a Deus para escrever o nome de Eike no Livro da Vida, oração comum feita quando uma pessoa confessa cristo como Salvador.

Buscando alguma declaração de Eike em suas redes sociais sobre um importante acontecimento desse em sua vida, não foi encontrado nada ainda.

O vídeo foi publicado no Facebook do pastor Daniel Silva no final da noite desta segunda-feira, 08.

O JM Notícia entrou em contato com o pastor Daniel Silva, mas até o fechamento desta matéria não recebeu o retorno.

Assista ao vídeo AQUI

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

"Porque não sou comunista" por Bertrand Russell

Texto traduzido por André Assi Barreto


Bertrand Russell (1872-1970). 
Filósofo, lógico, matemático, historiador e crítico social.


Embora Russell, o filósofo e matemático inglês, tenha flertado com o comunismo em parte de sua vida, chegou à conclusão que todo adulto normal chega mais cedo ou mais tarde: o comunismo não é uma posição intelectual racional. Retirado daqui, traduzi este pequeno texto de Russell, onde ele aponta as razões pelas quais rejeitou o comunismo:

Por que não sou comunista?


“Fico completamente perdido ao tentar compreender como é possível que pessoas que são tanto humanas quanto inteligentes podem encontrar algo para admirar no vasto campo escravagista produzido por Stalin”

Com relação a qualquer doutrina política, existem duas questões a serem feitas: (1) seus princípios teóricos são verdadeiros? (2) Suas medidas práticas dão margem ao aumento da felicidade humana? Penso que as premissas teóricas do comunismo sejam falsas e que suas máximas práticas produzem um incomensurável aumento da infelicidade humana.

As doutrinas teóricas do marxismo são, em sua maioria, derivadas de Marx. Minhas objeções a Marx são de dois tipos: uma, que ele era um sujeito obscuro, outra, que seu pensamento foi quase que totalmente inspirado pelo ódio. A doutrina da mais-valia, que supostamente demonstra a exploração dos assalariados sob o capitalismo, origina-se de: (a) sub-repticiamente aceitar a teoria da população de Malthus, que Marx e seus discípulos sempre repudiaram; (b) aplicar a teoria de Ricardo do valor dos salários, mas não dos preços dos artigos manufaturados. Ele está inteiramente satisfeito com o resultado, não porque está de acordo com os fatos ou porque é logicamente coerente, mas porque é feito para despertar a fúria nos assalariados. A doutrina de Marx de que todos os eventos históricos foram motivados por conflitos de classe é superficial e inverídico, se limita a certos traços da Inglaterra e da França de 100 anos atrás. Sua crença de que existe uma força cósmica chamada Materialismo Dialético, que governa a história humana independentemente da volição dos homens, é mera mitologia. Seus erros teóricos, entretanto, não importariam tanto se não fosse verdade que seu desejo maior, tal como o de Tertuliano e Carlyle, era ver seus inimigos punidos, pouco se importando com o que aconteceria com seus amigos no processo. 

A doutrina de Marx já era ruim o suficiente, mas seu desenvolvimento sob a tutela de Lenin e Stalin fez dela algo ainda pior. Marx havia ensinado que haveria um período revolucionário transitório, seguido da vitória do proletariado em uma guerra civil e que durante esse período, o proletariado, de acordo com a prática comum após uma guerra civil, privaria seus inimigos de poder político. Este período é o da ditadura do proletariado. Não deve ser esquecido que na visão profética de Marx, a vitória do proletariado viria após ela ter crescido a ponto deste se tornar a vasta maioria da população. A ditadura do proletariado, logo, na concepção de Marx, não era essencialmente anti-democrática. Na Rússia de 1917, entretanto, o proletariado era uma porcentagem pequena da população, sendo que a maioria era formada por camponeses. Fora declarado que o partido Bolchevique era a classe pensante do proletariado e que um pequeno comitê dele era a classe pensante do partido Bolchevique. Assim, a ditadura do proletariado veio a ser a ditadura de um pequeno comitê, e em última instância, de um homem – Stálin. Como o único proletário pensante, Stálin condenou milhões de camponeses a morrerem de fome e outros milhões a trabalhos forçados em campos de concentração. Ele foi longo o suficiente que as leis da hereditariedade seriam diferentes daquilo que realmente são e que a ideia do germoplasma obedece aos decretos soviéticos e não ao padre reacionário chamado Mendel. Fico completamente perdido ao tentar compreender como é possível que pessoas que são tanto humanas quanto inteligentes podem encontrar algo para admirar no vasto campo escravagista produzido por Stalin.

Sempre discordei de Marx. Minha primeira crítica severa a ele foi publicada em 1896. Mas minhas objeções ao comunismo moderno vão além das minhas objeções a Marx. É o abandono da democracia que considero particularmente desastroso. Uma minoria que deposita seus poderes em atividades de uma polícia secreta está determinada a ser cruel, obscurantista e opressiva. Os perigos do poder irresponsável vieram a ser reconhecidos durante os séculos dezoito e dezenove, mas eles esqueceram tudo que fora dolorosamente aprendido durante os dias da monarquia absolutista e retornaram ao que havia de pior na Idade Média, sob a curiosa ilusão de que estavam na vanguarda do progresso.

Existem indícios que, com o decorrer do tempo, o regime russo se tornará mais liberal. Porém, embora isso seja possível, está longe de ser algo certo. Enquanto isso, todos aqueles que valorizam não apenas a arte e a ciência, mas uma quantidade suficiente de pão - além da liberdade do medo de que uma palavra sem importância seja dita por uma de suas crianças para um professor e isso possa condená-lo a trabalho forçado na Sibéria, estes devem fazer o que está em seu poder para preservar seus próprios países de tal forma de vida servil, buscando uma outra mais próspera.

Existem aqueles que, oprimidos pelos males do comunismo, são levados à conclusão que o único meio eficaz de combater esses males é por meio de uma guerra mundial. Penso que isso seja um erro. Em alguma época, isso pode ter sido possível, mas agora a guerra se tornou tão horrível e o comunismo tão poderoso que ninguém pode afirmar o que sobraria após uma guerra mundial, e o que quer que sobrasse provavelmente seria pior que o comunismo atual. Esta previsão não depende dos efeitos inevitáveis da destruição em massa por meio de bombas de hidrogênio e cobalto e, talvez, de pragas engenhosamente propagadas. A forma de se combater o comunismo não é a guerra. O que é preciso, além de tais armamentos, para deter os comunistas de atacar o Ocidente é uma diminuição dos motivos de descontentamento nas partes menos favorecidas do mundo não-comunista. Na maioria dos países da Ásia, há uma pobreza abjeta que o Ocidente deveria aliviar na medida em que está em seu poder fazer isso. Há também uma grande amargura com relação à Europa por parte desses países, devido à dominação insolente. Dever-se-ia lidar com isso por meio de uma combinação de relações pacientes e anúncios dramáticos, renunciando tais resquícios de dominação branca na Ásia. O comunismo é uma doutrina que se alimenta da pobreza, do ódio e dos conflitos. Sua propagação pode ser detida apenas por meio da diminuição dos níveis de pobreza e ódio.
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