domingo, 26 de março de 2017

Redação do Site Inovação Tecnológica


"Com uma impressora 3D sem as restrições de uma moldura definida ou uma caixa, as impressões podem tornar-se tão altas quanto ela possa ser suspensa, ao mesmo tempo em que a área de impressão horizontal é livre," disse Linnea Dimitriou, que teve a ideia de imprimir a Torre de Babel.[Imagem: Linnéa Therese Dimitrou]


Torre de Babel sem confusão

As impressoras 3D vêm sendo saudadas como a tecnologia viabilizadora de uma nova revolução industrial - a revolução das máquinas livres - mas poucos achavam que elas permitiriam construir algo que a humanidade não foi capaz.

Engenheiros da Universidade de Umea, na Suécia, construíram uma impressora 3D especial que trabalha suspensa por linhas de pesca, o que permite que ela vá sendo elevada automaticamente conforme constrói estruturas virtualmente sem limites de dimensões.

E o primeiro trabalho da demonstração da HangPrinter - impressora suspensa, em tradução livre - foi construir uma Torre de Babel, algo que o homem não foi capaz de fazer dependendo apenas de suas próprias capacidades.

"Tanto quanto eu saiba, a HangPrinter é a única impressora 3D do seu tipo. Existem robôs paralelos acionados por cabo e outras impressoras 3D a cabo, mas a HangPrinter é única porque todas as suas partes, exceto a fonte de energia, estão montadas no dispositivo móvel, e ela pode usar estruturas existentes - neste caso as paredes - como um quadro de apoio," disse o professor Torbjorn Ludvigsen, inventor do equipamento.

Hardware aberto

O uso de apoios já existentes é interessante porque, de acordo com Ludvigsen, o quadro de suporte representa quase metade do custo de uma impressora 3D.

A equipe está interessada em baixar o custo porque pretende que qualquer interessado possa construir sua própria impressora 3D suspensa. Para isso, eles disponibilizaram gratuitamente o projeto no endereço https://github.com/tobbelobb/hangprinter.

domingo, 19 de março de 2017

Portugal: Evangélicos perderam quase 700 igrejas desde o ano 2000

DN




Apesar de terem nascido 300 novos templos, o número de igrejas evangélicas em Portugal baixou de 1630 no ano 2000 para 964 em 2016. Os dados constam de um levantamento efetuado pela Aliança Evangélica Portuguesa, em que se concluiu que a saída de muitos imigrantes, sobretudo brasileiros, é a principal razão

A comunidade evangélica portuguesa está a perder igrejas no país. Entre os anos 2000 e 2016, o número de templos evangélicos diminuiu de 1630 para 964, de acordo com um levantamento realizado pela Aliança Evangélica Portuguesa, organização que agrupa a maioria das comunidades evangélicas em Portugal. E falamos de mais de 700, muitas delas com um grupo de fiéis reduzido, a rondar as 40 pessoas. Uma das explicações para esta redução é a saída do país de muitos imigrantes, sobretudo brasileiros, nos últimos anos, o que levou ao fim da muitas igrejas.

Apesar de o número de templos ser mais reduzido, no mesmo período foram abertas 322 novas igrejas, com alguns casos a serem de fusões. Em média cada igreja faz cinco batismo por ano. Lisboa, Porto e Setúbal concentram a maioria das comunidades evangélicas portuguesas, em que a média é de 49 membros por igreja. Além da redução de locais religiosos, os evangélicos concluíram que a participação nos cultos semanais é diminuta. Dos mais de 150 mil evangélicos estimados menos de um terço participa regularmente nas orações nos templos.

"Quando falamos de 2000 igrejas com portas abertas ao público é preciso ver o contexto. Muitas dessas igrejas eram pequenos espaços, algumas delas em garagens, por vezes formadas por um imigrante que chegava e queria ter cá um culto semelhante ao que já conhecia e reunia um grupo de pessoas para abrir uma igreja. Muitas estavam abertas dois ou três anos e depois fechavam", disse ao DN António Calaim, presidente da Aliança Evangélica Portuguesa. "Muitas dessas garagens deram lugar a um único espaço, com melhores condições", aponta o médico de 60 anos, com o reconhecimento que "não há dúvida que há menos igrejas".

António Calaim aponta também que há agora alguma estabilização. "Nas décadas de 1980 e 1990 houve um boom, com a chegada de pessoas das antigas colónias [Cabo Verde tem muitos evangélicos] e com a entrada de muitos imigrantes, os brasileiros mas não só. A partir do ano 2000 iniciou-se a redução." Outro fator a ter em conta, segundo a Aliança, é o "forte movimento de secularização que a sociedade portuguesa vive nas últimas décadas."

A saída dos brasileiros

Do Brasil, nação com grande número de igrejas evangélicas (mais de um terço do total religioso do país) chegaram muitos pastores e fiéis. Mas, antes do Campeonato do Mundo de Futebol de 2014, muitos deixaram Portugal. A Casa do Brasil estimava em 2014 que teriam regressado mais de dez mil, o que teve um impacto grande na comunidade evangélica portuguesa.

A Aliança Evangélica Portuguesa (AEP), que existe desde 1921, com estatuto legal desde 1935, é a organização reconhecida pelo Estado que congrega as igrejas evangélicas. Não todas. "Nunca aceitamos a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), a Igreja Maná e mais meia dúzia. Para fazer parte as igrejas têm de se rever na declaração de fé da Aliança, além de outras regras. Essas igrejas não correspondem aos nossos princípios", justifica. O líder dos evangélicos também esclarece que este levantamento foi efetuado por membros da AEP e não pretende ser um trabalho científico "Foi realizado nas igrejas filiadas, e até poderão ter faltado algumas, através de telefonemas e e-mails. É uma forma de termos uma melhor ideia da situação", diz.

"Quando se decidiu fazer o levantamento, já eram conhecidos dados do Instituto Nacional de Estatística sobre a religião em Portugal que indicavam a existência de 3% de cristãos não católicos. A Universidade Católica também fez um estudo que apontava que a percentagem de evangélicos seria de 2,5%. Mas estas estatísticas incluem sempre a IURD, a Maná e outras igrejas que não fazem parte da Aliança Evangélica."

António Calaim dá o exemplo da sua Igreja Evangélica de Sintra, em Mem Martins, que "chegou a ter quatro espaços diferentes, depois passou a ter um e agora até tem três", com a curiosidade de um deles ser disponibilizado ao sábado a um grupo de ucranianos evangélicos e aos domingos a uma igreja adventista, que "pode parecer estranho mas não tem ligação com os evangélicos".

Mais preocupante e "motivo de tristeza" para António Calaim é a pouca frequência dos cultos. O levantamento efetuado conclui que só uma em cada quatro pessoas evangélicas é frequentadora regular das igrejas.

"Estamos a passar por aquilo que a Igreja Católica já viveu. Achávamos que iam todos ao culto aos domingos mas não é verdade. Hoje sabemos que há pessoas que são evangélicas para quem já não é tão importante a presença semanal nas igrejas. Nos católicos também se calcula que só 8% vai às missas ao domingo."

Lisboa, Porto e Setúbal têm as maiores concentrações - sete em cada dez vive nestes distritos. A média de membros de uma igreja evangélica no país é de 49. Nas cidades o número é geralmente superior a 50, enquanto nas áreas rurais (Guarda e Vila Real) a média é inferior a 20. O estudo da Aliança Evangélica Portuguesa diz que em algumas regiões a igreja é quase "invisível".

As igrejas evangélicas ainda têm uma grande dependência de recursos estrangeiros, sejam humanos ou financeiros, apesar de concluir que 66% dos pastores nasceram em Portugal. Mas o facto de mais de 100 pastores serem estrangeiros , em especial brasileiros (mas também norte-americanos, ingleses e outros), criou-se a ideia de que as igrejas evangélicas eram, por vezes, mais dirigidas as estrangeiros e que o formato dos cultos era direcionado para esses imigrantes e não para portugueses. Algo que a AEP crê não corresponder à realidade.

A idade média dos pastores evangélicos é alta, com 24% a ter mais de 60 anos e 18% com idade inferior a 40 anos, levando a AEP a preparar-se "para formar uma nova geração de líderes evangélicos".

No mesmo estudo, que foi divulgado apenas pelo site internacional Evangelical Focus, aponta-se como caminho para as missões o território muçulmano. Sugere oportunidade de trabalhar com a comunidade muçulmana "devido à posição geográfica estratégica de nosso país". Atualmente há missionários em Marrocos, Timor-Leste e Espanha. Argélia e Líbano são também países onde os missionários evangélicos, que não devem ser mais de 50, têm contactos.

António Calaim admite que os evangélicos ainda são vítimas de preconceitos na sociedade. "Nem nos sabem identificar e confundem-nos com Testemunhas de Jeová e mórmones, que não têm nada que ver com as igrejas evangélicas. Depois, fenómenos como a IURD também não ajudaram."

Mas no final dos anos 1990 houve também momentos positivos em termos mediáticos, como o surgimento da editora de música Flor Caveira, dinamizada pelo músico e pastor evangelista Tiago Gillul e que lançou nomes como B. Fachada e Samuel Úria.

A maior minoria religiosa

"Somos a maior comunidade em termos de minorias religiosas", aponta António Calaim, realçando ainda o trabalho que têm efetuado e o reconhecimento que o Estado português tem dado. Com a dinâmica de crescimento dos anos 1990, a AEP lutou pelo reconhecimento da comunidade.

A Lei da Liberdade Religiosa em 2001 veio de encontro a essas pretensões e hoje os evangélicos participam nas aulas de Religião e Moral das escolas públicas. "Estamos reconhecidos pelo Ministério da Educação e chegamos a milhares de alunos", assegura o presidente da AEP, associação que refere no seu site ter "306 turmas a funcionar em 241 escolas públicas da disciplina de Educação Moral e Religiosa Evangélica abrangendo um universo de 2000 alunos".

Nas prisões e hospitais também há evangélicos a prestar assistência religiosa aos crentes. Ainda recentemente, salienta António Calaim, a sua comunidade evangélica associou-se a uma paróquia católica para acolher refugiados.

sábado, 18 de março de 2017

EUA: Ativistas ateus querem censurar cristãos e proibir orações no exército

A organização “Freedom From Religion”, um grupo organizado por ativistas ateus, decidiu entrar com uma representação judicial para tentar censurar cristãos e proibir orações no exército dos Estados Unidos.


A ação foi comunicada a um comandante da Base da Guarda Nacional da Aeronáutica americana, através de um comunicado alegando que orações e leitura da bíblia feita por capelães militares ferem a liberdade das “minorias religiosas” e de ateus militares.

“Um oficial preocupado informou à ‘FFRF’ que as cerimônias na Base Aérea da Guarda Nacional de Pease, regularmente têm capelães fazendo orações. Estas incluem leituras da Bíblia e referências a um deus cristão. A presença nessas cerimônias é obrigatória para todos os guardas”, disse um trecho do comunicado, citando a Primeira Emenda americana como justificativa:

“A ‘FFRF’ lembra a Base Aérea Nacional que tais cerimônias são ilegais ao abrigo da Cláusula de Estabelecimento da Primeira Emenda”.

Semelhante a Constituição brasileira no seu artigo 5º, a Primeira Emenda americana prevê a garantia da liberdade individual de consciência e crença, incluindo, obviamente, o que seria uma “não crença”, no caso, o ateísmo.

O que os ativistas ateus alegam, no entanto, é que militares cristão estão utilizando um órgão governamental (exército) para reforçar a religião cristã, desrespeitando, assim, os direitos de não cristãos e ateus. Foi com essa perspectiva que Sam Grover, advogado da “FFRF”, escreveu para o setor jurídico da base militar, como segue:

“Os tribunais federais têm afirmado que a programação de orações ou outros exercícios religiosos em reuniões obrigatórias para funcionários do governo constitui o endosso ilegal governo da religião. Orações em eventos militares também parecem observações razoáveis ??para endossar a religião em detrimento da não-religião. Este é exatamente o tipo de endosso que é proibido pela Constituição e também cria um ambiente de trabalho hostil para minorias religiosas e aos oficiais não-religiosos”.
Confusão entre liberdade religiosa e Estado laico

Os argumentos dos ativistas ateus, ao que parece, estão baseados em algo parecido também no Brasil; que é a confusão do que significa Estado laico e liberdade religiosa.

Legalmente, um Estado laico não proíbe a manifestação de crença dos indivíduos, mesmo quando isso ocorre nas dependências do governo, o que vale também para os ateus e outras minorias religiosas, por exemplo, no direito que possuem de não participar de qualquer atividade organizada por cristãos com finalidade religiosa.

A liberdade religiosa é também um direito que vale nas dependências do governo, pois, do contrário, a restrição de culto e expressão religiosa nesses espaços deixaria de ser, por definição, um Estado laico, para ser um Estado ateu. É com base nisso que a Aliança de Capelães pela Liberdade Religiosa americana orientou o Comandante da Base da Guarda Nacional, em nome dos capelães, afirmando que não há qualquer ilegalidade dos cristãos fazerem orações e leituras bíblicas na base militar:

“Em nome da Aliança dos Capelães, escrevemos para enfatizar que não há exigência legal para você ceder às demandas da ‘FFRF’. Suas demandas [da FFRF] parecem basear-se na noção errada de que os capelães militares não podem fazer orações, o que é uma de suas funções. A posição e o argumento legal da ‘FFRF’ estão incorretos. A lei federal, as regulamentações militares e os precedentes da corte desmentem as alegações especulativas da ‘FFRF’. Os capelães uniformizados são claramente permitidos, de fato protegidos, no direito de fazerem orações dentro de suas funções militares”, disse o documento, segundo informações do Charisma News.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Descoberta estátua de oito metros de Ramsés II


Descoberta uma estátua de oito metros de Ramsés II




Obra foi encontrada perto do templo do faraó, na parte este do Cairo

Arqueólogos alemães e egípcios encontraram o que acreditam ser uma estátua de oito metros do faraó Ramsés II, que governou o Egito há mais de 3000 anos. O achado foi feito numa zona pobre do Cairo, debaixo de água.

A descoberta foi considerada pelo ministro das Antiguidades, Khaled al-Anani, como uma das mais importantes de sempre. "Ligaram-me na última terça-feira para anunciar a grande descoberta de um colosso, muito provavelmente de Ramsés II, feito de quartzito", disse.

James Ussher, bispo irlandês mais conhecido por ter calculado a data da criação do mundo como a noite que antecedeu o dia 23 de outubro de 4004 a.C.,[3] baseado em dados dos historiadores gregos antigos e da Bíblia, propõe que o faraó do Êxodo era Amenófis, filho de Ramsés II. Segundo Ussher, Ramsés II foi deificado como Netuno, e era o faraó que não conhecida José. Amenófis, identificado com Belo, tornou-se faraó com a morte do pai, em 1511 a.C., reinou por dezenove anos e seis meses, morreu afogado no Mar Vermelho no dia 11 de maio de 1491 a.C. e foi sucedido por seu irmão Busíris e, mais tarde, por seus filhos Sethosis e Harmais.Tutmés III é o provável faraó do exôdo (Egito e Dánao). (Wikipedia)

A estátua foi encontrada perto das ruínas do templo de Ramsés II, na antiga cidade de Heliópolis, localizada na parte este do Cairo. O faraó, também conhecido por Ozymandias ou Ramsés O Grande, governou durante 66 anos, de 1278 AC até 1213 AC, diz o The Guardian.

Foi o terceiro faraó da 19.ª dinastia egípcia e expandiu o império até à Síria, no este, até ao que é agora a parte norte do Sudão, a Sul.

"Encontrámos o busto da estátua e parte de baixo da cabeça. Ao remover a cabeça encontrámos a coroa e a orelha direita, juntamente com um pedaço do olho direito", acrescentou al-Anani.

A expedição conjunta entre alemães e egípcios encontrou também a parte superior de uma estátua de tamanho real, feita de calcário, do faraó Seti II, neto de Ramsés II, com cerca de 80 centímetros.

Ramsés II construiu o templo do sol em Heliópolis, o que ajuda a credibilizar a descoberta, afirmam os arqueólogos.

De acordo com Dietrich Raue, líder da expedição alemã, os egípcios acreditavam que Heliópolis era a casa do Deus Sol. "O Deus Sol criou o mundo em Heliópolis", afirmou, explicando as crenças dos antigos egípcios.

"Isso significa que tudo teria de ser construído aqui. Estátuas, templos, tudo. Mas o faraó nunca viveu perto do local, porque era a morada do Deus Sol", acrescentou.

A descoberta pode ser bastante positiva para a indústria do turismo no Egito, que tem sofrido uma queda. Por exemplo, o número de turistas caiu de 14.7 milhões, em 2010, para 9.8, em 2011. Uma das razões foi o aumento da instabilidade política que levou à queda de Hosni Mubarak, em 2011, e que continuou depois da transição, outra o aumento do número de atentados terroristas. Mesmo assim, o turismo continua a ser uma fonte vital de dinheiro estrangeiro.

sábado, 11 de março de 2017

Cerca de 40% das mulheres vítimas de violência doméstica são cristãs

Omissão pastoral foi indicada como um dos fatores responsáveis pelo problema


por Jarbas Aragão
40% das mulheres vítimas de violência doméstica são cristãs

Uma pesquisa realizada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, indica que cerca de 40% das mulheres que relataram ter sofrido violência doméstica foram de evangélicas. O assunto foi debatido no programa De Tudo Um Pouco, da Rede Super, esta semana. Falaram sobre o assunto o pastor Renato Vieira Matildes e o advogado Antônio Cintra Schmidt.


Os dados apresentados foram coletados de ONGs que ajudam mulheres agredidas. “Não esperávamos encontrar, no nosso campo de pesquisa, quase 40% das atendidas declarando-se evangélicas”, ressalta o documento. Estranhamente, muitas vezes as vítimas não procuraram imediatamente as autoridades.

“A violência do agressor é combatida pelo ‘poder’ da oração. As ‘fraquezas’ de seus maridos são entendidas como ‘investidas do demônio’ então a denúncia de seus companheiros agressores as leva a sentir culpa por, no seu modo de entender, estarem traindo seu pastor, sua igreja e o próprio Deus”, esclarecem as pesquisadoras.

O pastor Renato admite que os números são preocupantes. Também chama atenção que a omissão pastoral seja apontada como uma das causas desse índice elevado. Ele lamentou que muitas vezes a opção dos líderes é dizer: “Olha, vá embora que nós vamos orar e Deus vai fazer a obra”.

Segundo o material divulgado pelo Mackenzie, “O que era um dever, o da denúncia para fazer uso de seu direito de não sofrer violência, passa a ser entendido como uma fraqueza, ou falta de fé na provisão e promessa divina de conversão-transformação de seu cônjuge”.

O convidado do programa lamentou que muitos pastores, ao invés de orientar de forma prática os casais, por vezes acabam colocando barreiras.

Para o advogado presente no De Tudo Um Pouco, uma parcela da responsabilidade recai sobre as próprias mulheres agredidas. Isso por que que muitas delas têm medo ou vergonha de expor o contexto familiar onde estão inseridas. Segundo Cintra, quando as agressões são constantes, mas não são compartilhadas com outras pessoas acaba inviabilizando e retardando as ações judiciais cabíveis.

Sublinhou ainda que “às vezes não é ela quem expõe. Um vizinho, por exemplo, vê uma agressão e pode fazer a denúncia. Feita a denúncia, a polícia vem e dali para a frente não tem mais como parar o processo”.

A Lei Maria da Penha, que visa garantir a segurança feminina e punir os agressores é considerada pela ONU uma das três leis que dão maior proteção às mulheres em todo mundo. Ela fala sobre vários tipos de violência: física, psicológica, sexual e patrimonial. Mesmo assim, ainda carece de ser efetivamente aplicada pelos órgãos públicos na maioria das cidades.

MEC está impondo uma religião satanista nas escolas públicas do país, diz psicóloga




A psicóloga cristã Marisa Lobo, uma das mais bem conceituadas do País, comentou durante entrevista concedida ao JM Notícia nesta quinta-feira, 9, acerca da distribuição do livro “A Máquina de Brincar” do autor Paulo Bentancur em escolas públicas, pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). O material paradidático vem causando polêmica e dividindo opiniões de pais, políticos e seguimentos religiosos, por supostamente abordar “conteúdo que faz apologia ao diabo”.

O Livro foi distribuído nas escolas públicas de Goiânia e gerou polêmica na Câmara de Vereadores, durante sessão desta semana. O tema foi levado a público pelo vereador Rogério Cruz (PRB) que apresentou requerimento assinado por 35 vereadores pedindo ao ministro da Educação, José Mendonça Filho, esclarecimentos sobre a adoção do livro “A Máquina de Brincar”. Segundo o parlamentar, a obra faz “um culto a Satanás e debocha de Deus”. Eles também apresentaram uma nota de repúdio.

DESCONSTRUÇÃO

Marisa Lobo informou também sobre o conteúdo do livro: “embora eles tentem passar que é uma brincadeira, quando fazem essa invocação aos demônios, na verdade têm a clara intenção de desconstruir a fé em Deus, das crianças. Ele é feito para que as crianças vejam o diabo como uma pessoa boa, isso com a meta de desconstruir a fé em Deus que elas têm”, analisou.

“Então é uma luta de desconstrução da criança e da religião da sua fé para que ela crie conflitos dentro de casa. É um gerador de conflitos, e conflitos psicológicos também. Por quê? Porque as crianças aprendem sobre Deus, sobre fé, sobre religião, ainda mais Goiânia, que é uma cidade religiosa, que a maioria das pessoas tem fé cristã evangélica ou católica, e essas crianças que estão na escola”.

Para Marisa Lobo em sua entrevista ao JM Notícia, a ideia do MEC é a desconstrução social, sexual e de valores:

“Se forem ver em sala de aula, a grande maioria tem religião e tem fé em Deus, e aprenderam isso com a família. Então a ideia do MEC, desde a entrada do PT e sua permanência no poder, nos últimos 14 anos, é a desconstrução social, sexual, de valores. Para que isso seja atendido, tem que destruir a fé das crianças, porque destruindo a fé, destrói o poder superior, que é o controle social da própria criança”, disse.

De acordo com Marisa Lobo, a ideia é destruir a fé e posteriormente, usar outros artifícios.

“Destruindo a fé você entra com outros artifícios como a ideologia de gênero, por exemplo, com a questão da sexualidade antecipada, e com outras questões desfazendo a moral, porque primeiro tem que desfazer o princípio religioso da criança. E com isso, cria-se outros conflitos, que é o conflito coletivo, psicológico; isso cria uma histeria coletiva, gerando conflito pessoal, familiar, que eu creio que seja a intenção, e ninguém tem o direito de mexer na fé da criança que é sagrada, pois todas as vezes que se mexe com a espiritualidade da criança, gera uma histeria”, criticou.

Marisa afirmou ainda que “o MEC faz campanha para não se falar em religião dentro da sala de aula, mas aí eles falam do diabo que é uma religião satanista”.

RELIGÃO SATANISTA

Para Marisa Lobo, o MEC está impondo uma religião satanista nas escolas públicas do país:

“Então eles estão impondo uma religião satanista, não é um mito, como eles falam que Deus é um mito. Quem é a escola para dizer para à criança que Deus é mito, que Deus é ruim? Quem está colocando esses valores? Quem está escolhendo esse livro, que é um livro particular colocado como material paradidático dentro das escolas? Quem está fazendo isso? São pessoas que têm a clara intenção de participar dessa engenharia social que trará mudanças de paradigmas e de cultura para forçar a quebra da religião”, afirmou.

Ao JM Noticia, Marisa lembrou que o livro “A Máquina de Brincar”, do autor Paulo Bentancur, já existe nas escolas há mais de 4 anos, como existem outros livros como o que trata do kit bruxaria, no Mato Grosso, onde um vereador questionou o conteúdo do livro que ensina as crianças a fazerem bruxaria e fala de Deus como um ser mitológico e mal e o diabo como bonzinho:

“Isso é uma mudança de quebra de paradigmas, mudanças de cultura, isso é uma doutrinação satanista. O Satanismo acredita em Deus, mas o odeiam, e odeiam porque eles acham que o diabo é um coitadinho que foi expulso do paraíso. Eles querem destruir as raízes históricas de Deus, todas as pessoas que acreditam em Deus, têm que se levantar contra isso. Isso é a destruição da cultura brasileira, da religião. Como eles não podem fazer isso com os adultos, porque já tem uma fé formada, eles fazem isso com as crianças. Quem escolhe esses livros é cruel, porque escolheu para desconstruir a fé das crianças e aquilo que elas aprendem em casa”, finalizou.

Entenda

Após a distribuição do livro em escolas públicas de Goiânia, o assunto foi parar no parlamento municipal da cidade. O vereador Rogério Cruz (PRB) subiu à tribuna nessa terça-feira, 7, para apresentar requerimento assinado por 35 vereadores que pede ao ministro da Educação, José Mendonça Filho, que apresente esclarecimentos sobre a adoção do livro “A Máquina de Brincar” de Paulo Bentancur. Segundo ele, a obra faz “um culto a Satanás e debocha de Deus”. Eles também apresentaram uma nota de repúdio.

“O livro é dividido em duas partes: para ler no claro e para ler no escuro. É composto de vinte e cinco poemas onde o autor indica que são para curtir na primeira parte e bater os dentes atemorizados na segunda”, explica ele. “Também indica a leitura de páginas no escuro, páginas essas na cor preta com letras cor vermelho sangue onde fala de bruxas, fantasmas, e faz um verdadeiro culto a satanás e debocha de Deus”, prossegue.

Na opinião do parlamentar, o livro pode “assustar e traumatizar” as crianças, porque conteria ilustrações e textos inadequados. “Não é um material próprio para criança, pois tem ensinamentos de invocação ao diabo, tratando-se, na verdade, de um livro de terror e não se mostra de cunho pedagógico”, pontua o vereador.

Fonte: JM Notícia

Papa Francisco admite questionar a existência de Deus em "momentos vazios"

"Momentos vazios": o Papa Francisco já questionou sobre a existência de Deus e se considera um "pecador"


Papa Francis © Tony Gentile / Reuters

O Papa Francis falou sobre sua experiência em questões de crises de fé e se abriu sobre "momentos vazios", ao mesmo tempo que enfatizou que ele é "pecador" e "falível", em entrevista a um jornal alemão.

Quando perguntado pelo jornal alemão Die Zeit se ele alguma vez duvidou da existência de Deus, o pontífice disse: "Eu também conheço esses momentos vazios".

Ele afirmou, no entanto, que há um forro de prata nesses momentos, observando que "as crises também proporcionam uma oportunidade para crescer" e que qualquer fé que não enfrenta crises "permanece infantil".

Francis passou a afirmar que não se considera especial, enfatizando que ele é um crente normal e um "pecador" como todo mundo.

"Não devemos esquecer que qualquer forma de idealização de um ser humano sempre traz uma marca subliminar de agressão com ela também. Se eu sou idealizado eu me sinto sob ataque" , disse ele.


"Não me vejo como algo especial ... sou um pecador, sou falível", continuou o pontífice de 80 anos.


Ele continuou a advertir contra os perigos do populismo, chamando-o de "mal".


"O populismo é mau e acaba mal, como foi demonstrado pelo século passado" , disse ele.


Ele observou que o populismo sempre exigiu uma figura "messias" para ter sucesso, sugerindo que é incompatível com os valores cristãos.


Os comentários foram feitos durante a primeira grande entrevista do Papa Francis com um jornal alemão. A entrevista ocorreu no final de fevereiro , mas foi publicada na quinta-feira.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Pista de aeroporto novo em Natal já corre risco de 'afundar'

Valor Econômico

Por Daniel Rittner


Pista do aeroporto em Natal quando ainda estava em obras: com problemas graves, será fechada para reforma estrutural

A uma semana do leilão de mais quatro concessões, o governo recebeu uma notícia surpreendente: a pista do novo aeroporto de Natal está com problemas graves em sua base e deverá ser fechada em breve para uma reforma estrutural. Na prática, ela corre o risco de "afundar" se a falha não for corrigida, conforme relataram técnicos da Inframérica a autoridades do setor.

O detalhe é que a pista foi inaugurada oficialmente pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff menos de três anos atrás. Era uma espécie de xodó do Batalhão de Engenharia do Exército (BEC), que tocou a construção como obra pública, com recursos transferidos do caixa da Infraero. A Inframérica arrematou a concessão do aeroporto até 2039 e ficou incumbida de erguer o terminal de passageiros.

Mais do que um fato isolado, o episódio foi interpretado por fontes da iniciativa privada como demonstração dos riscos envolvidos nas concessões de infraestrutura. A reforma da pista, se for aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), terá que ser bancada pela própria concessionária. Ela não tem garantia nenhuma de que será ressarcida pelo custo da obra ou por eventuais restrições operacionais.


Enquanto durar a reforma, que deve consumir alguns meses, pousos e decolagens serão feitos pela pista de taxiamento dos aeronaves. Trata-se, no entanto, de uma pista sem o mesmo balizamento e que não permite operações noturnas. Com isso, haveria menos voos de e para Natal.

Mais quatro aeroportos - Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis - serão leiloados na quinta-feira da semana que vem. O caso de Natal é visto, pelas poucas pessoas com conhecimento do assunto em Brasília, como uma evidência de que ainda há um excesso de "riscos não gerenciáveis" nas concessões.

A pista do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, que se situa no município de São Gonçalo do Amarante (RN) e tem três mil metros de extensão, está habilitada a receber até os aviões A380 da Airbus. Ela foi entregue em dezembro de 2013 e a cerimônia oficial de inauguração do aeroporto ocorreu em abril de 2014.

Em 2011, ao inspecionar os trabalhos executados pelos militares e assinar o contrato de concessão com a Inframérica, Dilma enalteceu o braço de construção do Exército e agradeceu o general que chefiava a unidade por "esta grande obra". "Hoje nós sabemos que São Gonçalo é um dos melhores aeroportos do Brasil, em termos de tamanho da pista e qualidade da pista", discursou.

No ano passado, a Inframérica pediu reequilíbrio econômico do contrato por causa da frustração na demanda. O pedido foi negado pela Anac. Hoje o aeroporto tem movimentação cerca de 40% inferior à projetada pelos estudos oficiais de quando foi concedido.

Não é exatamente o cenário descrito por Dilma em sua visita ao aeroporto. Ela fez uma comparação entre o desempenho da economia nacional e o de países que eram "objeto de desejo de muitos brasileiros". "Está acontecendo o seguinte: por exemplo, na Espanha, um aumento desenfreado do desemprego; na Europa, aumento desenfreado do desemprego; nos Estados Unidos, um aumento desenfreado do desemprego. Este país, diante dessa crise, tem todas as condições de continuar crescendo. Nós amadurecemos, somos um país que sabemos crescer, manter a estabilidade, não sair por aí, feito loucos, se endividando lá fora."

Procurada, a Inframérica disse apenas que a pista do aeroporto atende aos requisitos de segurança operacional e às normas da Anac. Em nota enviada ao Valor, a agência ressaltou que não há comprometimento à segurança das operações. "Por se tratar de um aeródromo certificado, a operadora do aeroporto possui um sistema de manutenção e deve garantir que a segurança das operações sejam mantidas", afirmou.

"No contrato de concessão não há a previsão de aprovação para a realização de obras, mas tão somente a análise e aprovação dos projetos das obras (que não foram apresentados à Anac). Além disso, até o momento, a concessionária não apresentou nenhum pleito de reequilíbrio econômico-financeiro sobre essa obra, com as informações para que seja analisado."

quinta-feira, 9 de março de 2017

Brasil é líder da América Latina em casamentos precoces

DW

Relatório do Banco Mundial revela que país ocupa quarta posição mundial em casamentos de meninas e lidera ranking na América Latina. Essas jovens são alvos potenciais de violência doméstica e estupro.



O Brasil é o país da América Latina líder em casamentos infantis, ou com meninas abaixo de 18 anos. Isso significa que 36% da população feminina brasileira menor de 18 anos está casada. Aos 15 anos, 11% das meninas brasileiras estão casadas. No ranking mundial de países onde mais se realizam uniões matrimoniais infantis, a posição do Brasil também é alarmante: está em quarto lugar. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (09/03) no relatório Fechando a Brecha: Melhorando as Leis de Proteção à Mulher contra a Violência, do Banco Mundial (Bird).

A legislação brasileira determina que a idade legal para o matrimônio é 18 anos, mas uma brecha permite o casamento a partir dos 16 anos desde que haja consentimento dos pais. Atualmente, no mundo, cerca de 15 milhões de meninas se casam antes de completar 18 anos. O estudo do Bird aponta que mais de 700 milhões de mulheres se casaram com menos de 18 anos em todo o mundo.

No caso brasileiro, não existe punição prevista para um casamento com um menor realizado sem observância dos preceitos legais, o que torna a situação ainda mais crítica, de acordo com a autora do estudo, Paula Tavares. No caso de gravidez, a lei permite até que o casamento seja realizado em qualquer idade. No censo populacional de 2010, por exemplo, foram registradas uniões consensuais (civis e/ou religiosas) de 88 mil meninos e meninas entre 10 a 14 anos. Segundo Tavares, Maranhão e Pará são os estados onde há o maior número de registros.

Em 158 nações analisadas no estudo do Bird há leis que permitem o casamento apenas após 18 anos. Porém, em 139 delas há exceções, como é o caso do Brasil. Não há previsão legal de punição para o casamento precoce em 63 dessas nações pesquisadas. Na América Latina, sete países (Uruguai, Chile, Equador, Peru, Venezuela, Guiana, Suriname) preveem de punição no Código Penal ou no Código Civil para quem autoriza ou realiza casamentos precoces.

Alvos fáceis de violência e estupro

A autora do estudo afirma que as meninas que se casam antes da maioridade são potenciais alvos de violência doméstica e estupro marital.

De acordo com o relatório, muitas famílias em situação de pobreza veem no casamento precoce uma fonte de alívio financeiro. É um membro a menos da família para alimentar e, além disso, há países em que essas uniões precoces implicam negociações financeiras, com pagamento de dotes pelo futuro marido à família da noiva.

"Mulheres que se casam antes dos 18 anos têm probabilidade 22% maior de sofrer violência do seu parceiro íntimo. Um estudo em dois estados da Índia constatou que as meninas que se casaram antes dos 18 anos tinham o dobro da probabilidade de relatar agressão física ou ameaça por seus maridos do que as meninas que se casaram mais tarde", diz trecho do documento.

Gravidez precoce e abandono dos estudos

Além dos riscos de violência e abuso sexual, o estudo aponta ainda que as meninas submetidas a esse tipo de situação tendem a ter filhos mais cedo, o que eleva a probabilidade de abandono dos estudos.

O relatório do Bird revela que o número de matrículas no ensino secundário de estudantes do sexo feminino é maior nas nações onde é prevista a idade legal de 18 anos para casamentos. Nos países onde a idade para se casar é abaixo de 18 anos, o índice de matrículas é de 69%; onde se estabelece o limite da maioridade, o percentual sobe para 85%.

Também fica evidente no estudo que as meninas que se casam precocemente têm chances menores de se colocarem no mercado de trabalho. Em países cujos casamentos abaixo de 18 anos são permitidos, o percentual de emprego feminino em relação à população é de 29%. Quando o universo analisado são os países em que os casamentos legais só têm aval acima de 18 anos, o percentual sobe para 50%.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...