segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Arqueólogos descobrem cidade de 7 mil anos no Egito

Cidade residencial e cemitério datados de 5316 a.C. são encontrados nas proximidades de Abidos, na província de Sohag. Novidade pode ajudar a recuperar o turismo no país.



O templo do faraó Seti I, pai de Ramsés II, em Abidos, no Egito


Não se trata de uma única escultura ou tumba. Arqueólogos egípcios anunciaram nesta quarta-feira (23/11) a descoberta de partes do que pode ter sido uma verdadeira cidade residencial do Egito antigo, datada de 5.316 antes de Cristo.

Os vestígios foram encontrados a cerca de 400 metros ao sul do templo do faraó Seti 1º, em Abidos, na província de Sohag, a 390 quilômetros ao sul do Cairo. Abidos é uma das mais antigas cidades egípcias e que teria sido capital na era pré-dinástica e nas primeiras quatro dinastias.

Na cidade há um enorme cemitério, com pelo menos 15 túmulos grandes, diversos objetos decorativos de cerâmicas ou de uso cotidiano e estruturas que provavelmente serviam de moradia para quem vivia lá, possivelmente pessoas encarregadas da construção de cemitérios da família real em Abidos.

"O tamanho desses túmulos é maior do que os encontrados em Abidos, datados da primeira Dinastia. Isso leva a crer que as pessoas sepultadas no local pertenciam a uma hierarquia social muito alta", afirmou o ministro das Antiguidades do Egito, Mahmoud Afifi.

O chefe da missão arqueológica, Yasser Mahmoud Hussein, disse que "os túmulos (com forma de mastaba) são únicos em seu estilo arquitetônico, já que contêm mais de um nível, e alguns chegam a ter até quatro".

Afifi destacou a importância da descoberta, já que é possível que os objetos encontrados revelem novas informações sobre a história da cidade de Abidos.

Além de ampliar os conhecimentos sobre a civilização egípcia, a cidade recém-descoberta pode ajudar a aumentar o turismo no país.

Em 2010, o Egito recebeu cerca de 14,7 milhões de turistas. Após a queda do ex-ditador Hosni Mubarak, em 2011, o turismo no país começou a cair drasticamente. No ano passado, um ataque terrorista matou 224 turistas que sobrevoavam o Mar Vermelho a bordo de um avião russo, reforçando a imagem de insegurança do país.

Nos primeiros três meses de 2016, o Egito recebeu apenas 1,2 milhão de turistas. No mesmo período de 2015, esse número chegava a 2,2 milhões. As autoridades egípcias esperam que a novidade dê um novo rumo a essas estatísticas.

NT/rtr/afp/efe/ots

sábado, 26 de novembro de 2016

Russell Phillip Shedd: uma vida de amor à Palavra de Deus




Russell Phillip Shedd: uma vida de amor à Palavra de Deus

Com enorme pesar, informamos que nosso fundador e presidente emérito, o dr. Russell Phillip Shedd, faleceu na madrugada de hoje.

O velório será a partir de amanhã (27/11) na Igreja Bíblica Evangélica da Comunhão, Rua Tito 240, Vila Romana – São Paulo. Haverá um culto às 10h deste domingo. O enterro será na próxima quarta-feira (30/11) às 14h no Cemitério da Paz, Rua Doutor Luiz Migliano, 644, São Paulo.

Juntamente com a igreja brasileira, lamentamos profundamente a perda deste servo valoroso, que deixará uma lacuna irreparável. Ainda assim, alegramo-nos no Senhor por saber que ele, tal como o Apóstolo Paulo, combateu o bom combate, terminou a carreira, guardou a fé e tem reservada para si a coroa da justiça.

Fiel mensageiro da Palavra, o dr. Shedd foi incansável em seu ministério, tendo percorrido todo o Brasil como conferencista e professor, pregando e palestrando em congressos, igrejas, seminários e faculdades de Teologia. Foi exemplo extraordinário de uma vida de amor à Palavra. A literatura e o ensino teológicos no Brasil devem muito à incansável, inspiradora e comovente dedicação desse grande servo de Deus.

Ele deixa a esposa, dona Patricia Shedd, com quem foi casado por 59 anos, além de 5 filhos (Timothy, Nathanael, Pedro, Helen e Joy), 14 netos (Laura, Kelley, Rebecca, Katherine, Leander, Cayenne, Henry, Jonathan, Michael, Stephanie, Evelyn, Scott, Susan e Katie) e uma bisneta (Izabella).

O velório será a partir de amanhã (27/11) na Igreja Bíblica Evangélica da Comunhão, Rua Tito 240, Vila Romana – São Paulo. O enterro será na próxima quarta-feira (30/11) no Cemitério da Paz, Rua Doutor Luiz Migliano, 644, São Paulo.

Em breve daremos mais detalhes.

Um breve relato da vida e da obra de Russell Shedd

Russell Phillip Shedd nasceu em Aiquile, pequena cidade boliviana, no ano de 1929. Aos dez anos de idade, já falava espanhol, inglês e aprendera também o dialeto local. A semente de seu amor à Palavra germinou já na mais tenra infância, quando o menino acompanhava os pais, Leslie e Della Shedd, ambos missionários, em percursos evangelísticos pelas aldeias da Bolívia.

No início da adolescência, volta com os pais e irmãos para os Estados Unidos e cursa o segundo grau em duas instituições: Westervelt Home e Wheaton College Academy. Depois disso, a profunda sede pelo conhecimento da Palavra leva o jovem Shedd a uma intensa jornada de cursos. Primeiro, estuda Teologia no Wheaton College, onde recebe o grau de bacharel com especialização em Bíblia e Grego. Depois, decide fazer um mestrado em estudos do Novo Testamento na Wheaton College Graduate School. Muda-se então para o estado da Filadélfia e matricula-se no Faith Seminary, onde adquire o título de mestre em Teologia, em 1953. Dois anos depois, aos 25 anos de idade, conquista o grau de doutor em Filosofia (PhD) na renomada Universidade de Edimburgo, na Escócia. Em 1955, volta para os Estados Unidos e aceita o cargo de professor no Southeastern Bible College, em Birmingham, no estado do Alabama, onde conhece uma aluna, Patricia Dunn, com quem viria a se casar em 22 de junho de 1957.

Tendo os olhos e o coração voltados para a obra missionária, em 1959 o jovem casal é enviado pela Conservative Baptist Foreign Mission Society (CBFMS) para Portugal. Ali, Russell Shedd recebe com grata satisfação o encargo de acompanhar um ministério de literatura em formação. Denominado “Edições Vida Nova”, esse ministério fora fundado com o propósito de fornecer textos teológicos básicos e obras de referência bíblica para estudantes, professores e pastores.

Passados três anos, Russell Shedd e os demais missionários notaram que o programa de publicações sofria duas sérias limitações: os altos custos de impressão e a baixa e lenta demanda dos livros na minúscula comunidade evangélica portuguesa. Após muitas orações e deliberações, os olhos dos missionários voltam-se para um país do outro lado do Atlântico, com uma comunidade evangélica maior e em franco crescimento, contando ainda com a possibilidade de baixos custos na produção editorial. O plano inicial era que Russell Shedd ficasse dois anos no Brasil com o objetivo de implantar uma ação editorial em São Paulo e depois voltasse para Portugal.
Em agosto de 1962, o casal Shedd chega ao Brasil, onde permanece, sem retornar a Portugal, e onde Russell Shedd passa a ensinar e a inspirar amor à Palavra de Deus, dando continuidade ao ministério de Edições Vida Nova. Ele sempre se dedicou de corpo e alma ao estudo e ao ensino das Escrituras, seja na área do ensino teológico, seja na área de publicação de livros evangélicos que facilitassem a compreensão e o conhecimento das Escrituras, sendo mais de 25 deles de sua autoria. Por muito tempo esteve à frente do ministério de Edições Vida Nova e, embora há vários anos tivesse passado a presidente emérito, jamais deixou de amar e participar dessa obra. Também atuou como consultor da Shedd Publicações. Sua influência perdura até hoje mesmo depois de aposentado, sendo um ativo influenciador de líderes e membros da igreja brasileira.

Na Faculdade Teológica Batista de São Paulo foi professor de Novo Testamento e diretor do Departamento de Novo Testamento e Exegese. Lecionou também em outras renomadas instituições ao redor do mundo.

Somos profundamente gratos a Deus pela forma maravilhosa em que usou o dr. Shedd para influenciar e impactar a todos a quem ele teve a oportunidade de discipular, usando-o também por meio de aulas e palestras e dos muitos livros escritos ou editados por ele. Com certeza, seu exemplo e ensino serão seguidos por muitos anos. Todos os que o conheceram só podem dizer, juntamente com ele, Soli Deo gloria!

domingo, 13 de novembro de 2016

OMS: suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo

No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro), a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram para este grave problema de saúde pública responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo. Segundo a organização, poucos países incluíram a prevenção ao suicídio entre suas prioridades de saúde e só 28 relatam possuir uma estratégia nacional para isso.



Suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Foto: EBC

No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro), a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram para este grave problema de saúde pública responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo.

Em comunicado, a OPAS/OMS reconheceu o suicídio e as tentativas de suicídio como uma prioridade na agenda global de saúde e incentivou os países a desenvolver e reforçar estratégias de prevenção, quebrando estigmas e tabus existentes sobre o assunto.

Segundo dados de 2012 da agência da ONU, mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Setenta e cinco por cento dos suicídios ocorrem em países de baixa e média renda.

“Para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam a cada ano. A tentativa prévia é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral”, disse a organização.

A ingestão de pesticida, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de suicídio em nível global.

“Trata-se de um grave problema de saúde pública; no entanto, os suicídios podem ser evitados em tempo oportuno, com base em evidências e com intervenções de baixo custo”, disse a OPAS/OMS.

“Embora a relação entre distúrbios suicidas e mentais (em particular, depressão e abuso de álcool) esteja bem estabelecida em países de alta renda, vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momento de crise, com um colapso na capacidade de lidar com os estresses da vida – tais como problemas financeiros, términos de relacionamento ou dores crônicas e doenças”, afirmou a agência.

Além disso, enfrentamento de conflitos, desastres, violência, abusos ou perdas e um senso de isolamento estão fortemente associados com o comportamento suicida.

As taxas de suicídio também são elevadas em grupos vulneráveis que sofrem discriminação, como refugiados e migrantes; indígenas; lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI); e pessoas privadas de liberdade. De longe, o fator de risco mais relevante para o suicídio é a tentativa anterior, disse a organização.

Segundo a OPAS/OMS, os suicídios podem ser evitados com uma série de medidas que podem ser tomadas junto à população, subpopulação e em níveis individuais.

Entre as medidas está a redução de acesso aos meios utilizados; a introdução de políticas para reduzir o uso nocivo do álcool; identificação precoce, tratamento e cuidados de pessoas com transtornos mentais ou por uso de substâncias, dores crônicas e estresse emocional agudo; entre outras.

“O suicídio é uma questão complexa e, por isso, os esforços de prevenção necessitam de coordenação e colaboração entre os múltiplos setores da sociedade, incluindo saúde, educação, trabalho, agricultura, negócios, justiça, lei, defesa, política e mídia”, disse a organização.

O estigma, particularmente em torno de transtornos mentais e suicídio, faz com que muitas pessoas que estão pensando em tirar suas próprias vidas ou que já tentaram suicídio não procurem ajuda e, por isso, não recebam o auxílio que necessitam, disse a OPAS/OMS.

“A prevenção não tem sido tratada de forma adequada devido à falta de consciência do suicídio como um grave problema de saúde pública. Em diversas sociedades, o tema é um tabu e, por isso, não é discutido abertamente”, salientou.

Até o momento, apenas alguns países incluíram a prevenção ao suicídio entre suas prioridades de saúde e só 28 países relatam possuir uma estratégia nacional para isso. Sensibilizar a comunidade e quebrar o tabu são ações importantes aos países para alcançar progressos na prevenção do suicídio, disse a organização.

Assediada por professor de Direito, jovem comete suicídio

Ariadne Wojcik acusou seu ex-professor de assédio quando começou a trabalhar em seu escritório. O corpo da jovem foi encontrado no dia 9 de novembro.

Jovem deixa mensagem denunciando assédio por professor da UnB e comete suicídio

Ariadne Wojcik era uma jovem de 25 anos, bacharel em Direito pela UnB. Seu corpo foi encontrado na tarde do dia 9 de novembro, quarta-feira, na Chapada dos Guimarães, próximo a Cuiabá, Mato Grosso. Em seu perfil no Facebook, Ariadne deixou uma mensagem preocupante, contando sobre como sofria com o assédio do chefe, seu ex-professor no curso de Direito.

Segundo a jovem, o assédio começou quando ela conseguiu um estágio no escritório do procurador Rafael Santos de Barros e Silva, que lhe mandava mensagens constantes e lhe dava presentes, tendo passado a persegui-la após o divórcio. Ariadne chegou a pedir demissão do estágio e se mudar para Cuiabá, onde foi, inclusive, nomeada para cargo no TJMT um dia antes de sua morte. Mesmo se mudando, voltou a ser procurada pelo ex-professor, e, ainda de acordo com sua postagem no Facebook, não encontrava mais saída daquela que descreveu como uma "situação de abuso insustentável". No texto, são citados nomes de colegas que sabiam o que estava acontecendo.

O procurador denunciado por Ariadne negou que tenha cometido qualquer tipo de assédio, alegando que a jovem sofria de problemas psiquiátricos. Em declaração ao jornal Metrópoles, disse que recebeu e-mails após a saída de Ariadne do escritório do qual é proprietário, nos quais ela afirmava que estava sendo perseguida por ele, e que comunicou a situação à diretoria da Faculdade de Direito. O diretor Mamede Said, no entanto, disse não ter conhecimento da informação, afirmando saber apenas que Rafael teve uma conversa informal com o coordenador do curso de graduação.

O caso está sendo investigado e o que se sabe, até agora, é que Ariadne havia sido diagnosticada com um quadro de depressão profunda. Ainda em sua mensagem deixada na rede social, ela afirmou que estava sendo vítima de "uma mente brilhantemente psicopática e narcisista determinada" e que se sentia exausta.

É impossível tirar quaisquer conclusões sobre o que de fato se passou, mas o texto traz um alerta importante sobre como, não raro, ignoramos o sofrimento psíquico daqueles que se encontram próximos a nós até que seja tarde demais. Tendo sido perseguida ou não, Ariadne precisava de atenção, mas preferiu se fechar por medo do estigma - fator que é responsável por tirar a vida de muitas pessoas.
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