domingo, 30 de junho de 2013

O extremismo de opinião das ruas


Hoje, o povo brasileiro vive uma condição de extremismo de opinião, a popularidade do governante é oito ou é oitenta. Em um só mês, a presidente Dilma marcou duas condições históricas: a de ser a mais popular no período e a mais impopular em curto espaço de tempo. Ao todo, perdeu 35% (trinta e cinco pontos percentuais) em quatro semanas. Pareceu perplexa com as manifestações, mesmo depois de discursar firulas com o Velho do Restelo, e ele não perdoou. Esta semana deverá ser a última de desses protestos massivos. Ninguém consegue brigar o tempo todo. Infelizmente, o fim de um casamento sem conserto é o divórcio. Entretanto, como o povo vive extremismo de opinião, um grande feito de Dilma, dentro da vontade da massa populosa, pode-lhe reverter tudo. Os que estão nas ruas querem a Cristo ou a Barrabás sem saber quem é um ou outro, poderiam ser quaisquer outros nomes ou feições. Esse sentimento de intolerância tem sido alimentado por diversos anos. As políticas que demandaram a busca de direitos humanos e civis, foram políticas inflexíveis de moto fanático sem dialogar com os diversos setores da sociedade. Atualmente, no Brasil, e também em outros lugares mundo, quem defende os direitos dos gays está em pé de guerra com quem não defende. A defesa desses direitos escondem animosidades sub-reptícias, para muitos, ser a favor da “causa gay” é o novo “não gosto de crente.” O evangelicalismo que está na mídia, porque se arroga representar a classe evangélica, ainda que ela não tenha sido consultada para isso, resolve devolver na mesma moeda, no espírito da Lei de Talião: bateu, levou. Há muito tempo que os oficialmente envolvidos com os direitos humanos são questionados pela sociedade. Os agentes desses direitos não pactuaram com a sociedade por suas subjetivas intolerâncias ideológicas; e o PT fez questão de dividir o Brasil. Não basta ter uma causa, é preciso estar contra uma outra que se dividem nos grupos: mulheres vs. homens, negros vs. brancos, imprensa golpista vs. imprensa progressista, civis vs. militares, novos vs. velhos, índios vs. brancos, gays vs. evangélicos; esqueceu-se que a nação é um todo. Admira-me que os governos estejam cada vez mais interessados em regular as particularidades humanas. Sexo, por exemplo, é assunto particular. O Estado esquece a despensa para atender ao que acontece no leito. A tentativa de manipulação deixou a paciência do limite, porque o básico está em último lugar. O povo nas ruas é um "não aguento mais" para partidarismos que nada resolvem. Em nome da ideologia, colocaram uma bala de Mentos na geração Coca-Cola, já vazando para estourar. Em cima de quem for, não haverá tempo para esquivas.

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