segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Teria sido Abraham Lincoln um batista regular?



Fonte: The Baptist Bulletin Magazine on May 2, 2008.

Artigo original: WHO KNEW? ABE LINCOLN WAS A REGULAR BAPTIST?

Em 1921, um artigo do New York Times apresenta uma evidência das raízes religiosas de Abraham Lincoln, dizendo que ele havia sido criado na fé simples de uma igreja batista “casca grossa”. Os historiadores amam detalhes como este, devido ao fato das crenças religiosas de Lincoln serem bastante ambíguas. Até à idade adulta, a sua própria vida parecia repleta de nuances contraditórias sobre sua vida devocional.

O Times de 1921,, trata de antigos registros da pequena Igreja Batista Pigeon, e os chamou de “o elo perdido da religião de Abraham Lincoln."

O artigo descreve os pais de Abraham Lincoln como “vivendo como os pioneiros de seus dias: com forte repertório ancestral, possuíam fazenda, animais domésticos, boas ferramentas, e uma Bíblia da família; e eram membros nativos de uma igreja local. Thomas Lincoln e Nancy Hanks foram casados por um pastor metodista conhecido por Jesse Head, mas pouco tempo depois eles estavam filiados a uma das igrejas da Associação Batista de Licking-Locust, associação das Igrejas Batistas Regulares do Kentucky. Quando a mãe, Mary Hanks Lincoln, veio a falecer, o pai Thomas se casou novamente, mudou-se para Indiana e filiou-se à Igreja Batista Pigeon Creek por carta.

Por isso, é correto dizer que Lincoln foi criado entre as igrejas batistas regulares do Kentucky e Indiana (apelidadas de igrejas "casca grossa" ou o uso do termo "primitivas"). Mas nada se sabe dele ter feito uma profissão de fé pública. Lincoln frequentava a igreja, mas, aparentemente, nunca tronou-se membro de uma. Embora costumasse ler a Bíblia na Casa Branca, não costumava agradecer antes das refeições.

No livro A História do Cristianismo dos Estados Unidos e Canadá, o historiados Mark Noll observa que, após a morte de Lincoln, foi irresistível para os americanos verem os acontecimentos sob uma luz religiosa. Logo ligaram que Lincoln, o “salvador” da União foi assassinado com um tiro, em uma sexta-feira (14 de abril de 1865), que seus esforços para libertar os escravos e curar as feridas de guerra foram interrompidas pelo “martírio”, e que o nome próprio Abraham (Abraão) colocara-o como pai de seu próprio povo.

Não nos surpreende que várias descrições como estas ainda circulam na Internet. Algumas delas divulgam uma suposta conexão numérica entre Lincoln e John F. Kennedy. Não nos surpreende que o vazio de informação precisa sobre a religião de Lincoln tem sido preenchida com descrições tão esperançosas que estão na fronteira do mundo mágico.

Mark Noll sugere boas razões pelo fato de sabermos pouco sobre as crenças adultas de Lincoln: "Provavelmente virou-se contra o Cristianismo organizado por suas experiências jovens em Nova Salem, Illinois, onde a emoção excessiva e as amargas disputas sectárias dos ministérios de pregadores itinerantes aconteciam e ele não quis ser identificado como tais. No entanto, embora Lincoln não fosse membro da igreja, refletiu o significado eterno de suas próprias circunstâncias: uma vida pessoal marcada pela tragédia, a morte prematura de dois filhos, e a dificuldade da instabilidade mental ocasional de sua esposa. Ele conduziu uma guerra sangrenta com grande responsabilidade.”

Para ler mais: The Religious Affiliation of  President Abraham Lincoln

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