sexta-feira, 11 de setembro de 2009





O dom de ensino é a capacidade especial que Deus dá a certos membros do Corpo de Cristo para comunicarem informações importantes para a saúde desse corpo e para o ministério dos membros desse corpo.

Isso é feito de tal maneira que os membros do Corpo de Cristo aprendem aquilo que é necessário para crescerem em seus ministérios e na vida cristã de uma maneira geral.

É importante que cada pastor compreenda para que serve o dom de ensino: para o óbvio, que não é ensinar, mas para que pessoas aprendam. Esse dom aparece nas três listas primárias dos dons espirituais: Rm 12, 1 Co 12 e Ef 4.

Em Atos 18:24-26, lemos o seguinte:

“Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João. Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.” (Atos 18:24-26 RA)

O dom de ensino, normalmente, é um dom que envolve mais tempo do que os outros dons. Ao contrário dos outros dons que, geralmente, só são utilizados de vez em quando, o ensino envolve um uso regular e capacitação constante. Quem possui esse dom precisa dedicar muito tempo ao estudo e à preparação de aulas.

Outro aspecto importante: os mestres que receberam o dom de ensino também precisam se mostrar pacientes com seus alunos, precisam ainda criar um ambiente onde os estudantes se sintam livres para levantar indagações, perguntar e, até, questionar.

Isso, conseqüentemente, exige que o mestre tenha se preparado bem naquele assunto que está sendo tratado.

Nas qualificações dos oficiais da igreja há uma que o distingue de todas as outras:
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;” (1 Tm 3.2).


Ser “apto para ensinar” significa no original ser “didático”, literalmente, posto que a palavra é διδάκτικος. Ser apto significa ter habilidade para ensinar. Há somente duas ocasiões em que esta palavra ocorre no Novo Testamento, em 1 Timóteo 3:2 e em 2 Timóteo 2:24
“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente,”.


Observem que além desses versículos estarem inseridos em um contexto das epístolas pastorais a Timóteo, as qualidades são asseveradas pelo “É necessário”. Isto é, uma condição sine qua non do pastor, quer dizer, imprescindível. Portanto, assim como o bispo deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, administrar bem sua casa, et cétera e et cétera, como requerido nas qualificações, não deve ser pastor quem não sabe ensinar, quem não é didático, está desqualificado.

Resumindo, como dom o pastor deve ser mestre, ou como propõe os originais, pastor-mestre, e, como qualificação, precisa ser didático.

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