sábado, 18 de setembro de 2010

O Cristianismo é Cristo


Interessante, Bill Gates ditou um livro inteiro para pregar o fim do papel. Todavia fez um papelão, para escrever contra o papel utilizou o papel, que pleonasmo. Acho tão engraçado, da mesma forma teólogos pregam o fim do Cristianismo centralizando o discurso em si, envolto em vestes de guru, com firulas do mais caquético candoblé, falando mal da doutrina mas pregando doutrina, simplificando a terminologia do evangelho para superficializar a doutrina. Negando que a doutrina é o evangelho aprofundado. O Cristianismo é Cristo, já disse Otto Borchert, sem pregar uma doutrina, isso independe da minha doutrina, da doutrina do Papa, do sucesso ou do fracasso cristão. Caio Fábio caiu fácil no seu jogo de palavras, triste argumentação. Excessivo circunlóquio para sommelier de palavras, mas que foge do senso comum. É pedir que se feche o alambique mas lançar absinto no mercado. Quer ressimbolizar, transformar a cruz em estilingue e um peixe em foca. Qualquer porfiar anti-absolutista é absolutista em si. Desconheço maior legalismo do que carimbá-lo em alguém. Ser um bom cristão, um libertário, seria estabelecer-se na próxima estação e seguir acriteriosamente um discurso anti-cristão, desconcertante. Abandonaremos o Cristianismo para sermos caiofabiólatras. Isto pode. Cristianismo não é o Corpo de Cristo, nunca foi, Cristianismo é o idealismo do Mestre. Dizer que aquele falhou é dizer que este fracassou. Cabeça no meio dos ombros serve para pensar. Rasgue o livro do Bill, vomite o texto do Fábio, devaneios interpretativos têm limites. Sugiro que Caio escreva sobre o fim da roda quando precisar utilizar o estepe.

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