terça-feira, 2 de novembro de 2010

Homo definiri nequit - o ser humano não pode ser definido


A reflexão a seguir visa orientação, resiste à tentação de resumir a complexidade do ser em formas simplistas. Seria o ser humano nada mais que um ponto de interrogação? O ser humano precisa ser definido, ainda que de forma imperfeita, provisória, aproximativa. As pessoas não deixam de perguntar por origem, futuro e valor. Querem saber a verdade sobre si próprias. Sonham com um mundo mais humano. A sociedade também tem esse desejo, por isso define-lhe em seus direitos e deveres. Toda ela emana de determinada conceituação do indivíduo e é transparente para com o mesmo. Em todo relacionamento humano está implícito uma antropologia. A nossa convivência, portanto, não pode deixar a definição do que somos ao acaso ou ao arbítrio das pessoas. Juntos podemos tentar salvar as pessoas dessa degradação que impõem sobre si mesmas, agredindo a própria vida. Essa ameaça diante do mundo tecnizado, globalizado, exige a cooperação de todos; na solidariedade da raça. É a identidade do ser humano que está em mira. Só poderemos ser livres sob a perspectiva do resgate da criação, que somos seres à imagem do Criador. E, nesta perpectiva, só poderemos alcançar a liberdade se nos conformarmos a imagem de Seu Filho, Jesus, o de Nazaré.

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