terça-feira, 12 de outubro de 2010

CATIVEIRO E ESPERANÇA


Ninguém aprecia o cativeiro, sempre remonta a momentos de tristeza e aflição de um povo, de uma raça e/ou de uma nação em seu devir histórico. No sentido subjetivo, individual, indica uma opressão, moral, individual e espiritual. Esta opressão parte geralmente de fatores externos, nada tem a ver com a inespiritualidade ou impossibilidades do cativo. Amplia-se o sentido de cativeiro para qualquer coisa que nos aprisione, mas que no íntimo não não atinge nossas competências, possibilidades e fervor no Senhor. Jesus Cristo passou por três cativeiros básicos, o primeiro quando foi obrigado a fugir para o Egito, o segundo na tentação no deserto e o terceiro na cruz. Ao fugir para o Egito, o menino lá ficou por três anos aguardando o momento certo para retornar à terra santa. Ao ser tentado no deserto por um extenso período de estivação de fome, sede e sono. E na cruz até que entregou seu espírito. Em nenhum desses momentos, o nosso Salvador foi menos espiritual, mas a demanda das provas o impossibilitaram de ser mais. O cativeiro aprisionou-o a ponto a fim de que fosse cumprida a vontade de Deus. Observemos também o exemplo do apóstolo Paulo, após sua conversão passou três anos recluso no deserto da Arábia. Este cativeiro subjetivo é desconfortável, “sofrer” por nada de errado, todavia é um grande acúmulo de energia espiritual é desencadeado para a execução de algo espiritual maior, grande esperança é projetada para o futuro ministerial. Após três anos oculto no deserto da Arábia, Paulo saiu para ser o maior pregador do evangelho, o apóstolo para os gentios. Ao retornar do Egito, Jesus, então menino, discutia com os sábios no Templo. Após os quarenta dias no deserto, o Mestre saiu curando e iniciando o ministério. E após sua morte na cruz, o Filho de Deus ressuscitou em grande poder e glória. Entendamos que os cativeiros espirituais não são para nos diminuir, mas para aperfeiçoar e nos preparar para uma obra maior. A esperança é que quanto maior o acúmulo de energia e habilidades de nossa competência, Deus nos desencadeia para uma obra maior. Se vives este período de cativeiro, curta, anime-se, a esperança está na grande obra que o maravilhoso Deus fará em sua vida em prol do reino Dele.

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