segunda-feira, 2 de maio de 2011

Osama Bin Laden está morto



Eu já estava tonto sobre o sofá quando recebi a notícia, preferi mudar de alcova e continuar dormindo. Hoje pela manhã todos os noticiários eram uníssonos. Refleti, devo alegrar-me com a morte de um injusto? É uma condição passional. Outra condição, a da justiça, alertou-me à responsabilidade de Bin Laden sobre a morte de mais de 3.000 pessoas, diga-se, civis a trabalho. O sentimento não é de alegria, mas como disse Barack Obama, “A justiça foi feita.” Não significa que trará pessoas de volta, é um sentimento moral, justiça não é vingança, é por fim a uma crueldade. Não trará pessoas de volta, óbvio que não acabará com o terrorismo mundial, mas que Osama não mais premeditará a morte de inocentes. 
Refleti também sobre os últimos acontecimentos, a revolta árabe, a candidatura antecipada de Barack Obama, sua necessidade de mostrar a certidão de nascimento, o casamento real inglês, a beatificação de João Paulo II, muitos eventos ocorrendo ao mesmo tempo. Sem esquecermos os desastres naturais como os deslizamentos no Rio de Janeiro, o terremoto no Japão, o acidente nuclear de Fukushima e os tufões que atingiram o Estados Unidos ainda esta semana. Desde o final de 2010 temos sido bombardeados por notícias espetaculosas relacionadas à violência, da invasão do Morro do Alemão à chacina realizada pelo jovem Wellington em Realengo, leitor do Alcorão. Move-me a necessidade de falar de minhas expectativas escatológicas quanto a tudo isso, ou atémesmo engendrar teorias da conspiração com suas lógicas iluministas. Todavia, preferi guardar as palavras de Cristo e aquietar-me “Vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.” (Mateus 24:6)

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