quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ecos de Páscoa...


Diversas as tradições da Páscoa, tradições originais e originárias interpõem, sobrepõem, supõem-se. Vivemos em momento eclético, chocolates oblongos, o eco: coelhos patéticos. Talvez não tão patéticos assim. De onde ovos, doces, cores e roedores? Nos corredores dos supermercados, ovos suspensos em celofanes “arcoirizados”. O supérfluo denota o excesso; antes a escassez. A tradição colorida atual nasceu da tradição dolorida Askenazi, dos judeus askenazim do Leste Europeu. A celebrarem a páscoa, a pouca comida, pouca fartura e dura lida, fizeram-nos substituir o cordeiro pelo ovo. O ovo cozido colorido retirado das agruras da fome, significou o mais real sentimento da pascoalidade, dar-se em troca. Os israelitas ao Sinai de sinais adoraram, sacrificaram, um cordeiro de um ano sem defeito para remissão dos pecados, até que a Nova Aliança proclamou “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo.” Jesus, o Cristo, o Messias, o Salvador. Desde então, o sincretismo judaico-cristão sempre tolerado, fez que nos idos modernos a tradição Askenazi fosse considerada e remodelada pela tradição cristã européia, o ovo substituto do Cordeiro, tornou-se o simbolismo da vida, da Ressurreição para a novidade de vida. O coelho bonachão como aquele que tem a capacidade de multiplicar, como multiplicam-se os cristãos por sua fé. Ecos da verdade proclamada pelo judeu-cristão Paulo “ Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” (1 Coríntios 15:3-4). Páscoa doce, em outroras ervas amargas, é a doce voz do Senhor.

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